sexta-feira, abril 28, 2006

GRITO ECOLÓGICO


Natureza viva !
Beleza que transmite vida.
Em águas puras, que saciam sede,
Em verdes matas que embelezam os campos,
Céu azul que contrasta o entardecer.

Natureza viva!
Viva.
Se o homem dia a dia,
Não a fizesse desaparecer.
Com mãos bruscas que poluem as águas,
Com máquinas afiadas que sangram e arrancam, a punhaladas
O tronco verde das árvores grandes e pequenas que tombam.
É o homem!
Destroçando!
Devastando!
Sepultando a própria vida.
Natureza ameaçada e amedrontada,
Com medo de falecer.
É o homem!
Rebelando-se e esfacelando,
O próprio meio de sobreviver.
Apressado, no corre corre da vida,
Em busca do "Progresso".
Não raciocina, não observa
Apenas destrói, destrói a Natureza
Que ocultamente insiste em não perecer.

A Natureza chora!
No grito sufocado da árvore que recaí lentamente,
Na devastação exorbitante.
A Natureza chora!
Sob o fogo devastante da grande queimada,
Que extingue a vida da flona mais linda.
A Natureza Chora!
No lamento afogado, das águas que fogem
Do mercúrio que mata seus peixinhos e ameaça o ribeirinho.

A Natureza grita!
Na teimosia de uma flor,
Que insiste em brotar no córrego da imundície,
Sobre o fédido lixaral!
Mesmo assim, ela germina, viva e pura.
Para então, ser ceifada pela ignorância humana,
Que não a contempla,
Nem sequer a percebe.

É a Natureza apelando!
O homem a sacrificando !
Numa constante procura,
De algo ou de não sei o que?
Talvez de uma Natureza morta,
Que nada mais tenha a oferecer.
Só restos depredados,
Ar contaminado,
Verde devastado,
Oxigênio limitado.
Ai então, quando essa natureza chegar,
O homem vai chorar.
Uma lágrima triste,
Que jamais vai reconstituir
A Natureza perdida!

Socorro Carvalho

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