terça-feira, janeiro 08, 2008

O AMOR QUE NÃO QUERES


Um amor de carícias letais.
Um distante
florescer de doçuras na tua primavera!

Não é certo.
Nem isto que minhas mãos te dizem,
nem sequer minha boca te dirá o que deseja.

Singelo.
Claro.
Doce como uma maravilha
imprevista minha alma te dera o seu amor,
nos diremos essas palavras tão simples
que todos nós sabemos e ninguém ensinou.


Nada de fita.
Tua alma me vai dar algo igual
a um bom trago de vinho,
a banda de pão bom.


Um amor, mas sem dores,
um amor sem abismos
e sem romanticismo banal.


(Pablo Neruda - tradução: Thiago de Mello - do livro: Cadernos de Temucos).
Antonio Carlos obrigada pelo poema!

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