Pois como é sabido, o Sairé tradicional trazia em seu bojo festivo profano manifestações como a “DESFEITEIRA”, “MARAMBIRÉ”, “LUNDU”, “CURIMBÓ”, todas danças tradicionais. E ainda marcava o encerramento da festa o “CRUZADOR TUPI” e “CECUIARA”, hoje mortificados pelo boto alegórico, um primo do boi de Parintins.
Sem contar que, para se tornar uma festa com ares do exigido pela globalização, têm que se trazer atrações de renome nacional, pois o Sairé fica agora somente como uma logomarca que atrái dinheiro e popularidade. E ainda temos aqueles que, munidos de total ignorância, tentam cristalizar uma grafia nada convencional: “ÇAIRÉ”, um absurdo e um desrespeito a nossa cultura.
E assim o povo “Borari” está fadado a perder o pouco que têm de sua rica cultura. É necessário atentar para uma festa que represente a manifestação de um povo e não uma festa que congrega apenas lucratividade. A cultura de um povo é para ser manifestada e admirada e não vendida a turistas famintos por coisas exóticas dos “povos da floresta”.
A autoria é do leitor que se assina José de Alencar Godinho Guimarães
Ótimo comentário a respeito do Sairé, realmente as tradições estão ficando pra trás.
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