sexta-feira, janeiro 09, 2009

VÔO NOTURNO

Na fogueira da aurora eu me consumo
e ressuscito entre os lençóis da noite
para tecer meu ninho de discórdias
do teu coração.

A minha pena – faca de dois gumes –
ao mesmo tempo fere e acaricia;
as minhas asas - guarda-sóis se abertas,
quando fechadas, grades de prisão.

Trago nas veias sangue canibal:
bebo esperanças, mastigo ilusões
e, às vezes, sorvo sonhos matinais.

Portanto não se engane: sou poeta
em cujo peito dorme um troglodita
que traz no coração pluma e punhal.

(Antonio Juraci Siqueira - poeta paraense)

Égua do poema, porreta de maravilhoso!
Ameiiiiiii!!!

O poeta é assim mesmo metade anjo, metade demônio...
Mas, mesmo assim, as pessoas inteligentes gostam...
E como gostam...
Não é mesmo amor? rsrs