sexta-feira, dezembro 18, 2009

SÓ PRA DIZER...

Um comentário:

  1. Help, passei por aqui.
    Deixo-te estes versos de Gonçalves Dias:

    Amanhã


    Amanhã! — é o sol que desponta,
    É a aurora de róseo fulgor,
    É a pomba que passa e que estampa
    Leve sombra de um lago na flor.


    Amanhã! — é a folha orvalhada,
    É a rola a carpir-se de dor,
    É da brisa o suspiro, — é das aves
    Ledo canto, — é da fonte — o frescor.


    Amanhã! — são acasos da sorte;
    O queixume, o prazer, o amor,
    O triunfo que a vida nos doura,
    Ou a morte de baço palor.


    Amanhã! — é o vento que ruge,
    A procela d'horrendo fragor,
    É a vida no peito mirrada,
    Mal soltando um alento de dor.


    Amanhã! — é a folha pendida.
    É a fonte sem meigo frescor,
    São as aves sem canto, são bosques
    Já sem folhas, e o sol sem calor.


    Amanhã! — são acasos da sorte!
    É a vida no seu amargor,
    Amanhã! — o triunfo, ou a morte;
    Amanhã! — o prazer, ou a dor!


    Amanhã! — o que val', se hoje existes!
    Folga e ri de prazer e de amor;
    Hoje o dia nos cabe e nos toca,
    De amanhã Deus somente é Senhor!

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Agradeço sua visita, com breve retorno!! Seu comentário vem somar mais versos em minhas inspirações... grande abraço. Se quiser pode escrever diretamente para o meu email: socorrosantarem@gmail.com