segunda-feira, setembro 17, 2012

PRESA NAS LEMBRANÇAS...

 
Sob a noite, repousa o silêncio de cálidas lembranças. Lembranças  escondidas na simplicidade da sua presença,  que se fez ausência.

Seu riso, seu cheiro, sua voz, seu tato, sua língua, seu beijo, seu corpo... seu abraço, tudo isso são   laços que  me prendem  em sua magia, em sua imagem.

As lembranças de velhos costumes, das formas, do encaixe perfeito de nossos corpos, das preferencias e saliências contempladas no leito de nossos  encontros.

A noite escura e fria, recai sobre minha solidão. Quimeras se aglomeram dentro do meu coração.

Procuro na poesia sua rima, seu verso, seu poema, mas já não encontro. Tudo está vazio. Resta-me  apenas a certeza  do esquecimento desse delírio. Fascínio proibido a entorpecer de uma intensa saudade os meus poros, e minha liberdade, nessa  distancia indecifrável. 
 O peito sangra, e em cada renúncia sinto-me morrer. Ah insensato  destino. Porque teimas em me permitir querer  tanto o que já ”não quero”  ter... Porque? Porque?
Que droga!!!
 
Socorro CarvalhoFoto: Francileno Rego

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