Brasília – Após promover um dia
de orações pela paz na Síria, o papa Francisco apelou hoje (8), durante o
Angelus, para acabar com o tráfico ilegal de armas que gera a violência e a
devastação, segundo o pontífice. Francisco reiterou que as guerras são inúteis
e não combatem o mal. Ele lembrou que, muitas vezes, alguns argumentos em
defesa da guerra são baseados em mentiras. O papa não citou nomes nem países. O
papa reiterou o pedido de paz na Síria.
"Fica sempre a dúvida: essa
guerra ali, essa guerra acolá, porque há guerras em todos os lugares, é
realmente uma guerra por problemas ou é uma guerra comercial para vender essas armas
no comércio ilegal?", reagiu o papa.
Francisco pediu ainda que todos
mantenham as orações pela paz. “Rezemos a fim de que, sobretudo na Síria,
cessem imediatamente a violência e a devastação", disse ele. "Para
que serve fazer guerras, tantas guerras, se não se é capaz de fazer essa guerra
profunda contra o mal? Não serve para nada. Não está bem”, acrescentou. Os
Estados Unidos defendem a intervenção armada na Síria, argumentando que há uma
guerra química coordenada pelo governo.
Em seguida, o papa disse: “Essa
guerra contra o mal comporta dizer 'não' ao ódio fratricida e às mentiras de
que se serve. Dizer não à violência em todas as suas formas. Dizer não à
proliferação das armas e a seu comércio ilegal. Existe muito. Existe
muito".
Francisco demonstrou preocupação
com a escalada de violência em outros países do Oriente Médio, como o Líbano e
o Iraque, que recentemente viveram dias de bombardeios e mortes. "Rezemos
também pelos outros países do Oriente Médio, particularmente pelo Líbano, para que
encontre a desejada estabilidade e continue a ser um modelo de convivência.
[Também rezemos] pelo Iraque para que a violência sectária dê lugar à
reconciliação", disse.
O papa apelou para lembrar da
busca por um acordo entre palestinos e israelenses, considerado o ponto de
partida para as negociações de paz no Oriente Médio. "[Vamos rezar] pelo
processo de paz entre israelenses e palestinos para que possa avançar com
decisão e coragem. E, rezemos pelo Egito, para que todos os egípcios,
muçulmanos e cristãos, comprometam-se em construir, juntos, uma sociedade para
o bem de toda a população”, disse.
Fonte: Agencia Brasil
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