segunda-feira, junho 05, 2006

É ASSIM QUE TE QUERIA



















Como te queria aqui... meu
Dono dos meus desejos.
Queria ser tua
Sem limites... Sem pudores.
Queria ser tua doce mulher
Cheia de mistérios
Só para sentir você desvendá-los aos poucos.
Queria despir teus segredos
E neles encontrar o homem maravilhoso
Que está dentro de ti.


Assim te queria... Diante de mim,
A gritar louco..teu desejo.
E eu, a te dar todo o prazer que toma conta de mim.
Em cada beijo suave
Queria expressar a voracidade do desejo guardado em mim.
Queria roçar meus lábios em teu corpo inteiro.
Até descobrir o que mais te excita.
É assim que te queria...
Na fragrância do teu desejo


Queria respirar teu êxtase.
E no desvario de um gozo
Ser teu único intento.
Com a malícia de uma fêmea
E meus encantos de mulher.
No beijo louco e insaciável
Queria ser apenas
O balbuciar da tua loucura,
A dizer palavras ousadas ao meu ouvido.
É assim que te queria.


Na loucura do meu querer
Apenas queria ser tua...
Queria te mostrar meus pensamentos
E de um jeito gostoso
Saciar-te sem nenhum limite.
Ao sabor do teu desejo
Queria sentir o gosto do pecado.
O pecado que me alucina, fascina... E me faz mulher!
É assim que te queria.


Queria deixar de lado
A deusa que há em mim
Para me tornar à louca
E assim despertar teu apetite, teu tesão.
Queria invadir tua mente
E nos teus pensamentos
Ser tua maior loucura...
E num beijo ardente
Dizer-te, é assim que eu te queria!





Socorro Carvalho

TAPAJÓS




Tapajós
Na majestosa beleza passam tuas águas,
Refrescantes, tentadoras...
Mergulho profundo...
No contraste azul do céu
O teu espelhar é ausência... Saudade.
Com paisagem ímpar banhas de encanto
Tua amada Santarém... Sedução.


Na recíproca apaixonada desse encontro
O retrato vivo da bela inspiração... Poesia.
Na distância, solitária saudades dos filhos teus,
Lágrimas... Melancolia.
Flui a imaginação do filho presente,
Que entre rimas,
Despoja completa admiração.


Paisagem sem igual és tu,Tapajós,
De mil encantos delírio solto dos amantes,
Teu leito bonito, palco natural das palavras de amor
E das confissões... Paixão.
Tapajós, de belas canções e poesias
É o verso contente do poema que inspira,
Beleza divina a pratear cintilante
O coração dos apaixonados no desvario da vida.
Teu corpo, é mistério de tantas quimeras escondidas...
Ao por do sol que enfeitiça.
Na mansidão de tuas ondas
O remanso leve e o contraste da brisa fria é acalento... Paz!


No silêncio azul de tua corrida, segues exuberante
A brindar segredos e promessas...
Pomposo seduz e encanta
A tantos outros desconhecidos... Contemplação,
Que meros indefesos se rendem
Diante de tua magnitude beleza... Fascinação.
Passeiam em tua ousadia, navegam em tua elegância...
Estagnam-se em tua magia.


Ah, Tapajós!
Espelho encantado das ilusões,
Reflexo dos amores perdidos... Esquecidos.
Testemunha única
De tantas lágrimas de olhos entristecidos,
Partidas... Separação.
É fascínio, paisagem perfeita,
Exótica da ótica amazônica... Perfeição.
Tê-lo, apreciá-lo, contemplá-lo
É privilégio,
Presente de Deus a nós, autênticos santarenos.



Socorro Carvalho