sábado, setembro 02, 2006

POBRE MENINO

Menino
Tão pequeno
Sozinho
De olhar triste, sem vida
Era uma criança... Um menino.

Não sei de onde vinha
Nem para onde ia
Mas ele estava lá
Sem esperança, sem futuro
A revirar o lixo como um animal.

Meu olhar fitava, aflito, aquela cena
Na mente mil interrogações????
Como seria o nome dele?
Não sei...
Antonio? Manoel? José? João?
Isso não sei dizer.

Apenas pude perceber
Que ele era uma criança.
A caçar entre o lixo
Alguma coisa que lhe fosse útil à vida.

Onde estariam seus pais?
Ou ele é um órfão a peregrinar seu destino?
Também não sei dizer.

Mas ele estava lá
Era uma criança...Um menino
Mergulhado na caixa repleta de porcarias.
A procurar o quê?
Tentei entender.

Talvez tentando encontrar algo
Para matar sua fome
Ou quem sabe
Algo para vestir...Calçar...sei lá.

Mas ele estava lá
Pés descalços, de vestes sujas
Era apenas um indefeso menino.

No rosto sofrido as marcas do destino
Ou apenas
O retrato frio da injustiça absurda
Que caleja sonhos
Sepulta esperança...
Abandona à margem
O pobre menino.

Socorro Carvalho

VICIADOS DE AMOR


Somos todos amantes!
Vivemos porre, tombando
Descontrolados.

Somos viciados do amor
A saudade nos chama
O desejo nos controla
E vivemos drogados
Somos viciados do amor.

Nas ruas do destino
Encontramos Amor – Paixão
Sem perceber...
Somos vitimas do vicio
E fica em nós
Viciados do amor.

Somos acorrentados
Apanhamos mas...
Continuamos assim
Viciados do amor.

Adormecidos, dependentes
Somos viciados do amor


Waldely Fernandes

QUE SAUDADE!
















Hoje pai,
Queria ouvir sua voz, ver seu sorriso
Queria sentir seu beijo em minha face.
Ah! Que saudade!

Hoje senti vontade de ouvir você,
De ouvir seu assoviar alegre
Que igual passarinho
Avisava sua chegada entre nós.
Ah! Que saudade!

Hoje,
Senti sua falta na cabeceira da mesa,
A nos encantar com seu olhar
Com sua alegria e bondade...
Queria lhe ouvir cantar desafinado
Suas músicas preferidas.
Ah! Que saudade!

Hoje precisava do seu afago sincero
Precisava da sua benção,
Da sua alegria contagiante.
Ah! Que saudade!

Hoje o vazio do tempo
Trouxe em meu peito
Uma saudade, ainda mais, forte de você.
Hoje,
Daria o infinito só para ter um agrado
Um único agrado de suas mãos.
Ah! Que sauadade!

Hoje queria sentir o calor do seu abraço
Queria sentir o suor forte
Que dignifica seu trabalho.
Ah! Que saudade!

Hoje queria um conselho seu
Queria ouvir você me dizendo...
_” Vai com Deus e que Deus lhe abençoe”.
Ah! Que saudade!


Socorro Carvalho