Ah, coração...
No silêncio da solidão
Ouço sua voz
Pulsando sentimentos vagos
A chorar a dor do amor imperfeito...
No peito apertado
Fica sufocado
A dilacerar-se de saudade.
Ah, coração...
Bobo, inocente
A se enganar sempre
Com os desvarios da vida
Ouve meu apelo
Cala este sentir do meu peito
Arranca de mim
Esta ilusão sem medida.
Ah, coração...
Deixa-me seguir
Sem reclamar a ausência
Sem lamentar a distância.
Ah coração...
Permita-se apenas...
Pulsar, pulsar, pulsar...
E a manter meu corpo com vida.
Socorro Carvalho