sábado, setembro 08, 2007

O AMOR MADURO


O amor maduro não é menor em intensidade.
Ele é apenas quase silencioso.
Não é menor em extensão.
É mais definido, colorido e poetizado.


Não carece de demonstrações:
presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas:
amplia-se com as ausências significantes.


O amor maduro somente aceita viver os problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem e o prazer.
Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.


O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão.
Basta-se com o todo do pouco.
Não precisa nem quer nada do muito.
Está relacionado com a vida e a sua incompletude,
por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso.
É feito de compreensão, música e mistério.
É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança.


O amor maduro não disputa, não cobra, pouco pergunta, menos quer saber.
Teme, sim. Porém, não faz do temor, argumento.
Basta-se com a própria existência. Alimenta-se do instante presente valorizado e importante porque redentor de todos os equívocos do passado.


O amor maduro é a regeneração de cada erro.
Ele é filho da capacidade de crer e continuar,
é o sentimento que se manteve mais forte depois de todas as ameaças,
guerras ou inundações existenciais com epidemias de ciúme.


O amor maduro é a valorização do melhor do outro
e a relação com a parte salva de cada pessoa.
Ele vive do que não morreu mesmo tendo ficado para depois.
Vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos antigos,
jardins abandonados cheios de sementes.
Ele não pede, tem.
Não reivindica, consegue.
Não persegue, recebe.
Não exige, dá.
Não pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz.
Só teme
o que cansa, machuca ou desgasta.




Artur da Távola

LÁGRIMAS DO TEMPO


Caem em meu rosto as lágrimas do tempo,
E o tempo... o tempo não passa.
Cada segundo é um interminável período de solidão.
Solidão doída, sofrida, sentida no mais profundo de meu peito.


Caem em meu rosto as lágrimas do tempo,
E o sentimento... o sentimento de dor não para.
Cada suspiro é um insustentável provimento de dor.
Dor malígna, pérfida, doída no mais interno de meu peito.


Caem em meu rosto as lágrimas do tempo,
E o vento... o vento que trás o amor não passa.
Cada brisa é uma esperança renovada.
Esperança querida, desejada, almejada no mais intimo de meu peito.


Caem em meu rosto as lágrimas do tempo,
E as minhas lágrimas... as minhas lágrimas não caem.
As lágrimas que eu queria chorar, já chorei.
E chorando descobri que vivo, que respiro, já que não tem outro jeito.


Caem em meu rosto as lágrimas do tempo,
E o tempo... é o grande curador que me faz sarar,
Sarar a dor da solidão, que vem em vão.
Já que tenho em meu peito um coração, que só me faz te amar...



Autor Desconhecido

TEMPO CERTO


De nada adianta querer apressar as coisas
Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto,
mas a natureza humana não é muito paciente.


Temos pressa em tudo,
e aí acontecem os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca por pura ansiedade de não aguardar.


Então alguém poderia dizer:
Mas qual é esse tempo certo???
Bom, basta observar os sinais...


Quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano,
enviarão sinais indicando o caminho.


Pode ser a palavra de um Amigo,
um texto lido, uma observação qualquer;
mas com certeza,
o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo,
na hora certa, no momento certo,
diante da situação ou da pessoa certa!!!


Basta você acreditar que
Nada Acontece Por Acaso!!!
E talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas linhas...

Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais já estão por perto,
e você nem os notou ainda.


Lembre-se que:
O universo sempre conspira a seu favor.
Quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.


Paulo Coelho