quinta-feira, setembro 13, 2007

O AMOR É LINDO

Amar é um estado de vida permanente, eterno e sem sujeição a datas,
porque todos os dias são especiais, únicos.
O amor não adormece sequer quando as pessoas se aquietam em sono.
O amor fica em vigília, cuidando da alma que passeia enquanto se dorme.


O amor não se intimida com distâncias nem padece com ausências.
Supera tudo pela grandeza do sentimento.
Desconhece a angústia das esperas prolongadas porque tem a calma das certezas.
Não se atribula demais, tem a serenidade de quem passeia sem outro compromisso além da felicidade.
Para quem ama é sempre domingo e dia de festa no coração, é estar de férias em todas as segundas-feiras, é dar feriado às agonias.
Não atropela decisões por viver a naturalidade dos acontecimentos.
Tudo é simples para o amor, que inventa a si mesmo todos os dias, por isso é sempre novo, como no princípio. E o encanto é o mesmo, mas um tanto mais maduro, para que haja mais compreensão.

Amar mantém as pessoas vivas, e mais alegres são os que amam.
Há uma criancice que não se esgota, não importa quanto tempo passe.
O que amam são juvenis, e têm a alma livre, apesar das preocupações.
O amor dá leveza ao peito, que não sofre pelo que não vale a pena.
Une sem sufocar e aprisiona com a libertação.
Mantém cativo o outro pela vontade, pelo bem-querer, pela sensação de felicidade,
não pelo egoísmo ou pelo domínio forçado.
Quem ama quer ficar junto, perto, não pelo controle que possa exercer sobre a vida do outro,
mas tão-somente para zelar pelo seu patrimônio afetivo.
Quem ama gosta de cuidar do outro, não para servir e receber gratidão,
mas porque é prazeroso o cuidado
e é feliz saber que está tudo bem com a pessoa amada.

O amor não tem calendário, desconhece datas.
Tudo começou ontem, mesmo sendo antigo.
Tudo é futuro nesse agora.
Tudo é feito neste momento para ser saboreado no mesmo instante.
É um prato que não esfria quando o tempo passa,
sempre está com o mesmo sabor, porque se renova e refaz o convívio.
Não é quente demais, tem a temperatura amena, ou será mera paixão, que passa.
O amor fica.
A gente não "fica", a gente quer o outro por estar enamorado.

Enamorar-se por alguém não significa perder a si mesmo, pois é encontro consigo, antes de tudo.
Quem ama se ama, por isso é capaz de amar e de ser amado.
Não esquece da própria vida, pelo contrário:
faz a vida melhor, mais bonita e mais feliz por ser um presente na vida de outrem.

Não importa se viveu pouco ou muito.
Quem ama sempre se rejuvenesce, apesar das rugas, dos cabelos brancos e do corpo que tiver.
Nem precisa ser bonito, porque o amor enfeita a pessoa e a faz cheia de encantos.
Quem ama se encanta e isso faz perceber o que olhos distraídos não vislumbram.
Por isso, todas as pessoas amadas estão cheia de virtudes que alguns não compreendem.

O amor não fica velho nem perde o viço.
Ama-se por toda uma vida e pela eternidade que cabe num momento.
O amor atravessa o tempo e não sabe quando o amanhã chegará, pois se ocupa desse agora,
por sabê-lo fugidio e apressado.
Tudo é breve, mas intenso.
Tudo é eterno e se guarda em lembranças para fazer de novo e de um jeito ainda melhor
pelo aprendizado.
O amor aprende as lições que a vida dá,
por isso quem ama reconhece a diferença, embora tênue, entre ele e a paixão.
O amor preenche, a paixão suga.
O amor compreende, a paixão questiona.
O amor dá, a paixão rouba.
O amor resgata, a paixão sufoca.
A paixão usa as vestes do amor para se parecer com ele.
Às vezes, o coração se engana, mas não sempre nem eternamente.
Sempre chega o dia em que o amor acontece
e a paixão cede o lugar, porque ele fica,
ela segue seu curso, pulando de um coração para outro.

O amor não tem calendário.
Tudo é hoje, tudo é de ontem, mesmo que tenha começado há tempos.
Tudo será amanhã, porque o amor vai permanecer.
A permanência do amor se renova sempre, porque todo dia é dia de se manifestar.
E quanto mais se ama, mais se sabe amar.
Autoria Desconhecida
* Foto: Pôr do sol no Rio Negro (por Nilda Malcher)