O Natal está chegando e com ele uma torrente de mensagens,
na maioria das vezes,
vazias e ocas.
Tudo acontece como se fosse numa festa de aniversário
com o aniversariante ausente.
Brilho não falta.
Presentes também não.
O Papai Noel se desfila a exaustão diante de nossos olhos.
Alguns fastiados das musiquinhas
e avalanche de consumo procuram se abrigar de tudo
em lugares mais silenciosos ou distantes da natureza.
Mas, é difícil fugir da febre consumista de nossos dias.
Não dar presentes,
pode parecer falta de prestigio ou pouca consideração.
A troca de presentes se faz necessária,
sobretudo, para a indústria e comércio.
Diante disso, nos perguntamos:
- Como celebrar o Natal sem esse contágio mercantilista?
Como fugir da rota de consumo que nos devora e seduz a cada instante?
É preciso colocar as coisas no eixo.
O Natal celebra a festa de um amor absurdo.
Por ser tão imenso, esse amor rompeu todas as fronteiras conhecidas.
Deus se fez carne,
entrou na nossa história humana com toda a mesquinhez que a caracteriza.
Ele não veio simplesmente para se misturar conosco,
mas para nos elevar à condição de "deuses".
Quem compreender isso e suas implicações na vida compreendeu o Natal.
É normal que todas as religiões
falem de uma forma de encontro entre o humano e o divino.
Mas nunca se ouviu dizer,
que Deus tenha vindo morar literalmente com o homem,
sem deixar de ser Deus.
O Verbo de Deus se fez carne,
diz o evangelista.
Fez-se carne, na carne humana.
Em Maria, a virgem de Nazaré,
o milagre aconteceu.
Ela foi a porção da humanidade,
um resto humano, que na sua fidelidade disse sim a Deus.
Esse sim fez o mundo girar.
A história humana ganhou novo rumo.
O homem que andava nas trevas pode, finalmente, ver uma luz.
O Sol Nascente que veio nos visitar.
De novo vamos celebrar esse acontecimento memorável.
Vale a pena perguntar pelo sentido dele em nossas vidas.
Caso contrário,
após a comilança e bebedeira
só nos restarão cinzas e dores de cabeça.
Desconheço a Autoria