segunda-feira, julho 01, 2013

VINHO PROIBIDO VI


Na taça de vinho bebo teu beijo.
Ao sabor do pecado,
Inebrio-me de desejo.
Numa completa embriaguez...
Viajo em teu corpo inteiro.
Sou loucura, paixão, imaginação.
Roubo teus murmúrios, teus delírios e ímpetos.
Sinto o  pulsar forte de teu coração,.
Teu corpo exalando teu cheiro de cio.
Sem pudor te acaricio, umedeço-te de ousadia...
Arranco teus  suspiros e  rugidos escondidos.
O calor ardente da minha boca aquece teus sentidos,
A língua louca  lambe teus segredos,  mais íntimos.
Nessa loucura bebo tua seiva,  feito bebida.
Na boca se derrama vinho e vida.
O desejo se mistura,
Dilatam-se os poros, transpiras  fantasias.
Mais uma taça de vinho.
Um brinde!
Um brinde ao teu corpo nu,
Brinde aos teus instintos mais bandidos. (tim, tim)
A pele molhada expele suor, sal sagrado de tua ânsia.
E a língua lambe teu desejo, sem vergonha.
Na taça de vinho embriaga-se a sensatez...
E bebo teu suor,  alimento da minha vontade,
Mato em teu corpo, a sede de loucura e desejo.
Teu corpo forte e suado me envolve,
Embalo-me ao som do dedilhar dos teus  dedos.
Colada ao teu peito,
 Sou toda  êxtase.
És bebida proibida, fonte viva de desejo
Vinho fino,   que   bebo e degusto-me em segredo.

Socorro Carvalho