quarta-feira, novembro 27, 2013

DESATINO POÉTICO

Na inspiração,  muitos versos criei...
A poesia fluía, tinha harmonia em cada verso.
Tudo era cálido.
Tinha verso em cada palavra.
O tempo passou...
Sucumbiram-se  os poemas, as rimas, os versos.
Hoje o gélido tempo
Massacra a poesia  com um um frígido silêncio  que não passa.
As palavras se extraviaram
O silêncio  se amplia e também a distância.
Em meio a essa selva de pedra,
Um calor que já não aquece a poesia.
Cá dentro do peito, uma saudade, uma melancolia.
A inspiração se agasalha,
Pulsa fraco o coração.
A noite passa devagar...
Só as paredes são companhias,
O silencio permanece.
Já não há poema, nem tampouco poesia.
Cada segundo é  uma eternidade,
Dentro desse tempo " frio", que não passa...
Nostálgica sensação,
Lembranças  ímpares.
Ilusão louca, que existe em permanecer aqui...




Socorro Carvalho