quinta-feira, fevereiro 06, 2014

MÚRMURIOS DE SAUDADES


Cada segundo é como uma eternidade.
O tempo se prolonga, parece  estático.
Silêncios se misturam.
E o ruído dos sentidos, se perde na razão.
Antônimos, sinônimos  são contra pontos das metáforas...
No peito arrebatado, um indefinível  querer.
Enquanto as palavras se calam dentro da voz embargada.
Renúncia dolorida, angústia sentida.
Tudo silencia.
Solidão enfurecida, na insônia incompreensível  da madrugada fria.
O peito  em silencio, sufoca e cala  os sentidos.
O corpo em chama, reclama, te chama.
Adormece na bruma dos desejos...
Enquanto, murmúrios   de saudades ecoam  em meus ouvidos.


Socorro Carvalho