A embriaguez lúcida do
querer vem como taça de vinho a inspirar doces loucuras. No sabor ardente do
seu corpo bebo mais um trago de pecado. O roçar de sua pele nua,
o sentir do seu desejo despido de pudores é tão bom. O cheiro na nuca, o
arrepio da pele a acordar velhos instintos... Tem sofreguidão nos murmúrios e encanto no olhar. Ah, essa
sua pele salgada, que tempera minha insensatez, alucina. Quisera eu, ser a liberdade das
suas prisões, no encontro louco de nossos
corpos nus. A delicadeza dos meus
beijos, a sutileza do seu acariciar tem cor e magia. Fogo que incendeia
nossos corpos, como labaredas
dentro dos olhares, de nós dois. E cada vez mais se acende a chama que nos chama. Numa
constante mistura de prazer sem fim. O
gozo que se derrama, por entre as fantasias do encontro. Nossos lábios são
ardentes procuras... Num completo frenesi de
loucos pensamentos. Ah, desejo louco... Sina de nós dois.
Socorro Carvalho