segunda-feira, maio 08, 2017

ERA UMA SEXTA – FEIRA - COM UM FIM DE TARDE DE MÚSICA E ENCANTAMENTO...


Era sexta-feira, final de tarde, fui até a velha casa de Cultura de Santarém encontrar uma colega. Por ter chegado bem antes do horário combinado, sentei na escadaria da Biblioteca (já fechada) e fiquei lá esperando minha colega sair do ensaio.

Enquanto sentia um vento leve batendo em minha face,  observava tudo ao meu redor.  Os carros e pessoas que passavam na avenida Borges Leal, o entra e sai de meninos e meninas com seus instrumentos musicais, o colorido das flores, gramado limpo, verdinho a se recompor etc...


Porém, em meio a tudo isso, algo muito mais grandioso chamou minha atenção. Embaixo de um dos coqueiros que compõem a paisagem, estava sentado um grupo de jovens   formado por meninos e meninas, na sua faixa etária de seus 15 a 17 anos de idade, no máximo. Até ai,   nada de tão esplendido. Natural um grupo de jovens, você deve estar pensando. Mas o legal é que o grupo estava cantando e tocando violão, assim  de um jeito tão bonito. Ali, entregues a arte do canto e da suavidade do violão.


Junto com eles, sabe quem? Quinzinho, músico santareno, pagodeiro dos bons e funcionário público lotado na Biblioteca da Casa de Cultura. Claro, que o Quinzinho já passou da faixa etária citada, mas dentro do grupo ele estava a fazer toda a diferença com sua vasta experiencia musical, tocando e cantando junto com a turma. Por lá, ouvi de tudo, Adoniran Barbosa com seu trem das Onze, Elis Regina , Cássia Eller, dentre outros.


Um repertório ótimo de se ouvir num fim de tarde, música boa, de qualidade. Diga -se de passagem, antes que esqueça,   teve até Marilia Mendonça. Uma das mocinhas pediu  para cantar e o Quinzinho acompanhar. Ela é dona de uma voz linda, mas o Quinzinho se enrolou um pouquinho para achar o tom, mas achou e tocou.  Por coincidência, a mesma música cantada pela garotinha do texto do residencial Salvação. rsrs


Enfim, só um simples detalhe para contrastar meu relato. Pois o que mais quero ressaltar é a beleza da juventude. O encantamento que existia nos olhos de cada um jovem, despidos de qualquer maldade ali sentados a cantar a vida, viver os momentos.


Não me contive e logo pedi autorização para fotografar e após dei a todos os parabéns pela beleza e grandeza daquele encontro. Falei que aquele momento era lindo e que tinha ficado feliz de ver eles e elas envolvidos com a música, uma arte que é capaz de transformar vidas e a sociedade.


Dei meus parabéns ao velho músico Quinzinho, que permaneceu com a turma durante todos os minutinhos que o separavam de outro compromisso, que era tocar nos festejos do aniversário de Belterra. Indagado o motivo de ficar ali tocando e cantando. Ele justificou,  sempre que pode, após o expediente da biblioteca, atende o pedido dos jovens que é de sentar e tocar com eles. Achei massa!! Égua!!!


Um relato simples, que para muita gente pode parecer sem nexo,  mas em meu olhar é de um encantamento inimaginável!! Mais um momento bonito e de inspiração para o meu coração, minha vida. Confesso que sai de lá muito mais rejuvenescida e com mais alegria em desfrutar da vida, (ao meu modo) , mas desfrutando de tudo que a poesia me permite.


Encerro deixando meu abraço e carinho aquela turma mais que linda, da sexta – feira, na casa de cultura!!  Acreditar e potencializar a juventude esse é o ritmo certo para se fazer de cada jovem a letra mais bela de uma música, a VIDA!!!

Socorro Carvalho

Confira as fotos...



O músico e pagodeiro santareno  Quinzinho