quinta-feira, setembro 09, 2010

VINHO E POEMA

Na fonte doce dos desejos

A embriaguez do vinho proibido

Cada cálice é um pecado

No copo suave da nostalgia

Naufraga velhos poemas

Contidos em mil mistérios adormecidos.

Em cada trago desse vinho

Uma dose de ânsia se satisfaz.

O reverso da realidade é ilusão

Sonho que se faz vácuo na inspiração.

Mais um cálice de vinho

Deixa nos lábios o proibido sabor do desejo

Como fonte que mata a sede

Embriago-me nas loucuras dos devaneios

Tudo é delírio, fascínio, êxtase...

As palavras se perdem na vastidão do tempo.

O silencio dá lugar aos murmúrios

No encontro ensandecido

de vinho e  poema...





Socorro Carvalho