O vento leve
Chega suave
Acariciando-me a pele
Fecho os olhos
Em meus poros
Sinto a leveza da carícia
Entrego-me aos devaneios
E entre eles...
Vejo-te.
Respiro-te...
Como um aroma.
E no silêncio
Sinto tua presença...
Apossando-se dos meus pensamentos,
Fazendo-se fonte de inspiração.
Em meio as tuas lembranças
Palavras vão surgindo
Dando vida e cor a poesia.
Calo-me nos versos.
Deixo falar a emoção.
Enquanto no coração
O desatino da indecisão
Mistura-se
Com fragrância de saudade
Saudade do teu cheiro
Vontade de abraçar teu corpo
Desejo de sentir teus beijos...
O destino insatisfeito
Procura reposta às tantas perguntas...
Perguntas cheias de “razões”
Que já não consigo explicar
Então, confusa
Deixo o vento me acalmar...
E sem uma alternativa exata
Calo-me, em meu próprio eu
Sob o aconchego dessa solidão implacável.
Solidão insistente que teima em me amparar.
Junto forças para fugir
Digerir essa distancia
Distancia que te leva daqui.
Mesmo assim o vento leve
Continua percorrendo minha pele...
Enquanto a inspiração suave...
Eterniza-se
Calmamente...
Dentro deste sentimento que habita meu coração.
Socorro Carvalho
Foto: Retirada do orkut da Léia ( por do sol em Alter do Chão)
Foto: Retirada do orkut da Léia ( por do sol em Alter do Chão)