O lixo na praia é formado por latas e garrafas de cerveja e refrigerante. Cacos de vidro e barras de ferro também estão presentes, misturados à camada de lama na beira.
Manaus - Enquanto a primeira etapa da reforma na Praia da Ponta Negra, zona oeste de Manaus, avança lentamente, a areia da maior praia pública da capital amazonense sofre com a lama e o acumulo de lixo. A poluição no solo do rio Negro só foi revelada devido a vazante histórica no Amazonas. Turistas e frequentadores lamentam o atual cenário de um dos maiores cartões postais de Manaus.
O lixo na praia é formado principalmente por latas e garrafas de cerveja e refrigerante. Cacos de vidro e barras de ferro também estão presentes, misturados à camada de lama na beira da praia, o que oferece risco à saúde dos visitantes.
O pedagogo Joel Gomes, 29, passeava pela Ponta Negra na tarde deste sábado (23). Ele reclama da sujeira no local e pede atividades urgentes dos órgãos municipais, tanto na questão da limpeza e manutenção quanto ações educativas para que a população evite jogar lixo no rio.
"O rio Negro é conhecido no Brasil inteiro pela beleza. Quando ele está mais seco aparece toda essa sujeira e eu fico triste porque são as próprias pessoas que sujam", conta.
David Rodrigues, 28, é consultor comercial e aproveitava o sábado para visitar a praia acompanhado de amigos turistas. David também critica a quantidade de lixo deixado na área. Para ele, a Prefeitura deveria redobrar a limpeza na Ponta Negra enquanto realiza as obras de revitalização do espaço.
"Estou com pessoas de outros estados aqui. Elas vieram achando que iam ver muita limpeza e muito verde, infelizmente, não é isso que está acontecendo", destaca.
Mutirões de limpeza
David Rodrigues aponta uma opção simples para tornar a Ponta Negra mais limpa. Ele diz que Prefeitura e população poderiam se reunir para promover mutirões de limpeza, assim como o promovido pela administração municipal na Bacia do Tarumã-açu, zona oeste de Manaus, e no bairro Puraquequara, zona leste. Na ocasião, 800 pessoas, entre funcionários municipais e voluntários, recolheram lixo da orla, além de realizarem atividades de educação ambiental e atendimento médico.