quinta-feira, junho 09, 2011

PORQUE É TÃO IMPORTANTE PARA NÓS A CRIAÇÃO DO ESTADO DO TAPAJÓS?

Primeiro, porque o território do atual Estado do Pará é extenso demais e dificulta a sua administração com eficiência e justiça. Nossa região, por estar localizada muito distante da capital, acaba sendo prejudicada pela dificuldade administrativa observada

O nosso desejo de emancipação administrativa já existe há mais de um século. Possui raízes culturais, ou seja, mesmo sendo paraenses, nos sentimos, nos reconhecemos como filhos de um Estado Próprio, Autônomo;
   
Criando o Estado do Tapajós, o governo federal poderá investir melhor na região, gerando mais empregos e distribuindo mais renda, nessa região do Brasil, conforme é o projeto de governo da Presidente Dilma;
   
A criação do novo Estado vai nos permitir discutir e implementar um projeto de desenvolvimento que seja capaz de incluir economicamente os excluídos, para erradicar a pobreza verificada em nossos municípios;

O povo que vai ficar no Pará não vai perder nada. Se por um lado eles vão deixar de arrecadar impostos aqui da região, vão deixar ao mesmo tempo de enviar recursos para as políticas públicas do novo Estado.


Por Pedro Peloso


José Henrique Kautzmann    disse sobre o texto:
 
Enfatizando a questão do Pará... ele realmente não tem nada a perder. Digo isso porque sou do Mato Grosso e, pelo o que sei, na década de 70, quando o houve a divisão e criação do Mato Grosso do Sul, muitos do estado do Mato Grosso temiam a... quebra e falência do "estado original", o que não ocorreu e, pelo contrário, só gerou bons frutos ao nosso estado. A população do Mato Grosso deu um salto e cresceu, a economia também e posso dizer com todas as letras que a divisão não fez mal algum ao Mato Grosso, fez é melhorar nosso estado. E acredito que Tapajós, Carajás e o Pará só têm a ganhar com isso.

TRANSLÚCIDO

Rosas raras se alçavam puras
Eu sonho que vivi sempre exaltado.

Amo os danos do mundo, quero a chama
Do mundo, vós, paixões do mundo. E penso:
Estrangeiro não sou, pertenço à terra.

Um céu abriu as mãos sobre o meu rosto.
Barcos de prata cantam vagamente.

Pensando, desço então pelas veredas
Do mar, do mar, do mar!
Sinto-me errante.

Que faz no meu cortejo essa alegria?
O tempo é meu jardim, o tempo abriu
Cantando suas flores insepultas.
Canta, emoção antiga, meus amores,
Canta o sentido estranho do verão,

Canta de novo para mim que fui
Vago aprendiz de mágico, abstrata
sentinela do espaço constelado.
Conta que sempre sou, quem fui, menino.

A pantera do mar da cor de malva
Uivava sobre a vaga chamejante.
Eu sonho que vivi sempre exaltado.
Meu pensamento forte é quase um sonho.
Nos meus ombros, o pássaro final.


Íntimo, atroz, lirismo a que me oponho.
Quando a manhã subir até meus lábios
Suscitarei segredos novos. Ah!
Esta paixão de destruir-me à toa.


Paulo Mendes Campos (1922-1991)

ORAÇÃO AO TAPAJÓS

Hoje, bateu-me à porta do coração
A oração que evapora do fundo das águas...
Mágoas molharam meu rosto de lágrimas
Muito mais porque escutei aquela canção
Feita dos sons da natura daquela região...

Um rio que passa levando velas e elas,
Vidas, esperanças, cujo seu azul celeste,
Pirou poetas e é a razão do meu desvario...

A música passa como aquelas águas,
Mas deixa marcas...
Alguém disse que elas nunca voltam...
Apenas o seu caminhar é perpétuo, mas voltam...
A memória dos meus avós e bisavós
Estão em mim e reclama...
Quer o seu chão de outrora para os seus netos...

Iza Majahua Tapuia disse; “o novo Estado
É neto de Tataravós”.
Seus traços são inegáveis, sua voz
É o apelo, o reclamo dos índios tapajós!

Nossa geração cansou do saudosismo
E de uma postura submissa...
No passado éramos tão-somente tapuios
Cabisbaixos rezando nas missas...
Embora a grandiosidade dos nossos
Ancestrais!

Não mais! Não mais tal opressão!
Oprimidos e subjugados nos tempos idos,
Hoje, queremos o retorno do nosso orgulho
Perdido.
Queremos correr livre nos campos ou sertões
Como outrora corria nossos guerreiros irmãos!

Livres pra nos organizar, produzir, identificar-nos,
Alavancar o progresso, banir exclusões,
Sermos dignos, felizes filhos desta grandiosa Nação! 
                    

 Paulo Paixão

Poesia "Oração ao Tapajós" autoria de Paulo Paixão. Inspirei-me nas declarações de Iza Majahua Tapuia. Tapajós Já! O poema emprestei do face book do Paulo Paixão.

FRASE SOLTA


É possível que o homem viva sozinho, mas não creio que isso seja felicidade.


Benjamin Franklin

* A foto copiei da net, mas é o Pôr do sol na praia de Ponta de Pedra em Santarém a  futura Capital do Estado do TAPAJÓS.