segunda-feira, outubro 10, 2011

EM MIM TAMBÉM




Em mim também, que descuidado vistes,
Encantado e aumentando o próprio encanto,
Tereis notado que outras cousas canto
Muito diversas das que outrora ouvistes.

Me amastes, sem dúvida...Portanto,
Meditai nas tristezas que sentistes:
Que eu, por mim, não conheço cousas tristes
Que mais aflijam, que torturem tanto.

Quem ama inventa as penas em que vive;
E, em lugar de acalmar as penas, antes
Busca novo pesar com que as avive.

Pois sabei que é por isso que assim ando:
Que é dos loucos somente e dos amantes
Na maior alegria andar chorando.


Olavo Bilac (1865-1918)

O SÁBADO DE MEU FINAL DE SEMANA...




Meu final de semana foi delicioso!!  No sábado foi o aniversário da minha irmã Maria Augusta e fizemos um almoço  delicioso.Além do sabor do cardápio tivemos a companhia deliciosa de nossa velha e Grande Amiga Ronsângela Franco, a Jane,  como carinhosamente a chamamos. Há muito tempo não tínhamos a presença dela junto de nós e tê-la foi sensacional. Yasmin, sobrinha dela, também estava junto. E por falta de sorte até teve a perna arranhada pela cadela “ Pandora” que está de filhote novo. Ainda bem que não foi nada sério. Fizemos os procedimentos e ela ficou bem,  foi só um susto.  ( Pandora é vacinada e tudo ficou  certinho).


Enfim, uma comemoração bem íntima,  mas regada por muita amizade sincera, boas histórias e grandes risadas. Tenho a impressão que até papai ficou super feliz e veio dar dois cheirinhos na cabeça da Jane (enquanto ela dormia, numa rede atada  no quintal lá de casa a sombra do jambeiro). Jane nos contou emocionada e pela amizade e amor que papai tinha por ela, logo deduzimos que ele veio em sonho para saudá-la. Foi lindo nosso sábado.

Ao  Deus da vida agradeço por mais um ano de vida da minha irmãzinha  Gugu e ao mesmo tempo agradeço a Ele   por ainda existir   e eu ter o privilégio de  poder contar com a amizade da Rosângela, amizade tão grande e verdadeira . Ela não pode imaginar o quanto  eu e minha família ficamos felizs com a presença dela junto de nós. O presente mesmo foi da Augusta que teve a alegria de ganhar um abraço tão caloroso e  cheio de Amizade. Enfim meu sábado  foi maravilhoso!  Então, percebo cada vez mais que  nem o tempo, nem a distância muito menos as pessoas insignificantes são capazes de destruir a amizade e  o amor quando esses  sentimentos  são verdadeiros. A amizade pra mim é algo precioso e que encontra a essência   na   confiança solidificada dia a dia, mesmo que seja na distância

. Sou libriana, amante da arte, louca por poesia, desconfiada ao extremo,  tenho a humildade como escudo (por  pensar que  nas voltas que o mundo dá),  sou a favor da justiça, contra a violência, de gosto exótico, mas capaz de me emocionar  diante de pequenos gestos. Sou uma mistura de  loucura e sensatez, sempre.Com um detalhe sou extremamente  sincera com meus sentimentos.

Porque falei um pouco de mim e do meu jeito? Só para explicar que aprendidesde muito  cedo que as pessoas que consideramos de verdade não podem ser substituídas de qualquer forma ou por situações mesquinhas, muito pessoas inescrupulosas. Minha amizade com a Ronsâgela tem selo de qualidade. E mesmo que tenhamos nossos erros, não perdemos nosso tempo policiando uma a outra. Pelo contrário somamos as experiências e aprendemos com cada uma delas. Perfeitas? Jamais. Somos seres humanos. Por isso nunca apontamos o dedo condenando, criticando,     derrubando, ou coisa parecida. Sempre estamos prontas para partilhar nossa amizade sempre recheada de muito  carinho e respeito, uma pela outra.  Nossa poesia  não precisa de títulos pois a titulação maior  já está dentro de nossos corações. É o sentimento de amor fraterno que nos une, não importa a dimensão da distancia ou as pessoas que surgem, por acaso, em nossas vidas. Pois a amizade de verdade é sempre guardada “no lado esquerdo do peito dentro do coração”. Amizade de verdade não surge  por acaso, nem tão pouco por  força de determinadas situações. Vem de dentro, do íntimo da alma para edificar  sentimentos verdadeiros.
Resumindo o último sábado (08), foi um dos sábados mais  maravilhosos de meus  finais de semana. E eu mais uma vez agradeço a Deus pela vida da minha irmã, pela minha família e pela alegria que amizade me proporciona.

Por isso trouxe para partilhar com você que sempre passa aqui para ler meus escritos... O domingo, também foi bem legal e merece  outro texto que escrevo depois...tá bom?!

Abraços

Socorro Carvalho


DESABAFO


Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:

- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse:

- De fato, não havia essa onda verde no meu tempo.

O empregado respondeu:

- Esse é exatamente o nosso problema hoje em dia, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.

- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidas à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.

Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo.

Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios.

Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisávamos ir a dois quarteirões de distãncia.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente.

Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis.

Roupas secas? a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts.

A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas.

Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; e que depois como será descartado?

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós.

Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usáavamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.

Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos.

Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra.

Usavamos navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.

Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas.

Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos.

E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

Então, não é risível, senhor caixa, que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não queira abrir mão de nada e não pense em viver um pouco como na minha época?




O texto é maravilhoso, mas desconheço a autoria
Recebi via email da  companheira Mayra Celina da Etnia Wapichana - Boa  Vista  -  Roraima