terça-feira, fevereiro 14, 2012

A CHUVA ...


Terça feira!! Em Santarém, cidade linda do Tapajós, o dia é despertado por um chuva forte que  chega fertilizando a terra. Olho o tempo, a chuva caindo, o céu nublado, sem nenhum resquício de sol... Viajo em doces recordações, relembro carinhos trocados. O tempo frio, me remete a inúmeras  saudades. Saudades... muitas delas   contidas que  tentam falar , mas nada podem dizer.... Então, calo-me, permaneço em silêncio. Contenho a ansiedade  e  no silêncio apenas contemplo a chuva caindo, linda e serena. Meu olhar perdido no infinito viaja  profundamente para dentro do meu ser,  nessa viagem encontro  passados distantes, tempos de outrora ...  Pessoas que passaram outras que ficaram... Enquanto a chuva cai sobre meu telhado. O tempo vai passando e em cada segundo que passa sinto-me invadida por uma saudade infinda, nas horas desse relógio que   não pára.Saudade do encontro, do beijo, do carinho, da mensagem, do telefonema, do cheiro... Saudade da presença de alguém que não  vem para preencher essa lacuna em meu peito.  Mesmo que eu teime em excluir essa possibilidade do encontro, esse alguém continua a insistir e persistir em meu desejo, a   se fazer devaneios em minhas noites de insônia. Vontade de   um querer bem. Necessidade de sentir  meu corpo carente amparado nesse peito que tanto anseio em  encontrar para vir aquecer meus versos e encantar minha poesia, reacender minha inspiração.Ou de repente fazer arder as chamas da paixão. Interrogações diversas se apossam do meu existir e em cada pergunta,  respostas que não consigo encontrar. Preciso me libertar. Quero a permissão para amar outra vez de um jeito intenso. E da mesma forma dar permissão para que esse alguém tão esperado possa chegar e me amar de forma constante e em cada novo instante, sem limites e sem medos. Quero fertilizar cada poema em cada gota dessa chuva que continua caindo e de repente quem sabe encontrar esse amor constante, inteiro ... que tanto anseio.
Fim de tarde... A chuva continua caindo... que frio.

Socorro Carvalho



NO DIA DO AMOR: AGEÍSE & RODRIGO...UMA HISTÓRIA DE AMOR!!!

Ageíse Navarro e Rodrigo Ávila - quando  crianças

É com grande alegria que mando no nosso “Save Date” para marcar em suas agendas o dia em que marcaremos para sempre o amor em nossas vidas.


Vocês fazem parte desta história de Amor que começou tudo ai no Rádio Pela Educação lembram? Foi no dia do acidente, eu precisava sair para fazer um trabalho com o Dudu 9 Carlos Joseph) e pedi ao Rodrigo me buscar, antes de sair coloquei a música do”Lívio” ( lembra Socorro?) disse que queria ouvir até o final e eu mal sabia o que me aguardava. Então o Rodrigo me acompanhou, ao retornar para a rádio sofremos o  1º acidente, quase morremos debaixo do ônibus ( rsrsrs) apesar das diversas conversas não estávamos fazendo nada de errado! Logo liguei para o César para avisar que estava no Samu e ele entendeu Salu ( rsrs). O Cesar quando me viu sair da ambulância, nervoso começou a rir. 


Pois o final desse contexto vocês já sabem separei e logo no dia 1º dia de junho depois dos incentivos de todos eu e  Drigo começamos a namorar. Vocês torceram por isso, se alegraram e vivenciaram diversos momentos de pura paciência do Rodrigo comigo, ele mais do que nunca realizou diversas pautas e produzimos diversos sonho do aluno.(kkkk) Até que finalmente a nossa reportagem “ sonho do aluno” ficou pronta  “Vamos nos casar”, alias todos vocês são testemunhas que  sou sonhadora ao extremo acho que nesse ponto nunca vou crescer continuo a sonhar como o conto de fadas e o meu príncipe verdadeiro, companheiro, é pai e é filho ao mesmo tempo.


Estamos oficializando nossa relação que completará  03 anos em 01/06/12 uma sexta feira e no sábado gostaríamos muito que sejam nossas testemunhas. Não queremos tê-los  apenas nas horas de choro, queremos que vocês nos  vejam felizes. Vamos comemorar, dançar e festejar porque esta família Rádio pela Educação foi de fundamental importância em nossa vida a dois.


Sintam-se agradecidos por este casal. Enfim, depois de 2 acidentes, diversas perdas na família, conclusão de um sofrido Bacharelado em Jornalismo começamos nossa vida de casados na certeza de já ter suportado as dores juntos. O Rodrigo bem sabe que o padre já sabe também que “ na dor, na tristeza, na doença” ah isso ai vivemos e muito, agora queremos jurar  “ na alegria, na saúde, até que a morte nos separe. Amém”.


Para vocês com carinho

Ageíse Navarro & Rodrigo Ávila




** Esse é meu Save Date que recebi da Ageíse e do Rodrigo. A carta foi escrita também pelo casal e enviada para ser postada no meu blog.  Conforme todos já sabem nós da Equipe do Rádio pela Educação acompanhamos essa história desde quando Deus ainda estava só projetando...(rsrs) o Amor é lindo!!Só me resta agradecer o carinho e o pré convite para ir testemunhar de perto esse amor tão bonito e verdadeiro.Valeu Ageíse e Rodrigo! Desde já FELICIDADES!! ( Socorro Carvalho)

A ARTE DE SER FELIZ


Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


Cecília Meireles