segunda-feira, abril 16, 2012
ESPAÇO CURVO E FINITO
Oculta consciência de não ser,
Ou de ser num estar que me transcende,
Numa rede de presenças
E ausências,
Numa fuga para o ponto de partida:
Um perto que é tão longe,
Um longe aqui.
Uma ânsia de estar e de temer
A semente que de ser se surpreende,
As pedras que repetem as cadências
Da onda sempre nova e repetida
Que neste espaço curvo vem de ti.
José Saramago
Foto: Antonio Maia
Foto: Antonio Maia
A METADE DA FOLHA
Assim nossos pés flutuaram sobre a areia da
praia,
E o sabor do teu beijo foi nevado pra longe pelo
vento,
Para trás das montanhas selvagens, que
guardarão nosso segredos íntimos,
Esses, que nos acariciam a alma;
O dia hoje esteve deslumbrante,
Ele me relembra os carinhos em teus braços,
Ainda
quase posso sentir tua respiração ao meu lado,
O rítimo do batimento do teu coração que me
acalma lentamente
E aos poucos me faz perder o contato com a
realidade…
Mas as manhãs de segunda-feira sempre chegam,
E independentemente das canções que tocam eu devo
continuar na minha estrada,
Que com ou sem você eu devo seguir…
Mas o teu cheiro bom me fará falta sempre;
Somente a metdade da folha poderá provar que
um dia estivemos juntos.
Rosi
Praga,
13.04.2012
Tradução
do originál: La moitié de la feuille
Foto: Antonio Maia
Foto: Antonio Maia
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