segunda-feira, novembro 19, 2012

DELÍRIO


Dá o seu gosto de desejo
Dá os seus olhos de menino
Sem regra ou comprometimento
Sem se importar com que for vendo
Nossa sede de liberdade
Eu quero é dançar da forma que me der
A música expondo seu corpo à vontade
Nas incontáveis formas de se divertir
Dá o seu gosto de desejo
Dá o seu beijo despojado
Seus pensamentos mais intensos
O seu rosto de pecado
Nos gemidos que desordenam
Nas mãos que me fazem entender Adão
A música expondo seu corpo ao delírio
Nas incontáveis formas de se divertir

Vanessa da Mata

* Hoje  foi um dia daqueles!!!
Para relaxar e não estressar com a d. Celpa,
selecionei umas músicas e fiquei ouvindo... 
Entre elas estava essa música, que achei deliciosa.
Por isso,  resolvi postar a letra aqui , no meu blog.
Nos momentos de raiva o melhor é contar até 10...
ou então embarcar na magia da música e viajar... sem destino.rsrs

A LINGUAGEM DOS OLHOS




Quando eu vejo você
A minha boca seca, a mão congela
O sangue ferve
De onde vem tanto poder?

E quando você me vê
O teu sorriso brilha, tudo muda
Me deseja como eu desejo você

E quando eu vejo você
A minha voz embarga
A mente voa, sonho mil loucuras pra te satisfazer

E quando você me vê
O corpo não me avança
O clima esquenta
O nosso dialeto é pra quem sabe entender

A linguagem dos olhos
O corpo sabe decifrar
A linguagem dos olhos
Quem faz o coração falar

Tudo rola sem um toque
Sem trocar uma palavra
É telepatia, é paixão desenfreada

Péricles

PERSONAGEM



Teu nome é quase indiferente
e nem teu rosto mais me inquieta.
A arte de amar é exactamente
a de se ser poeta.

Para pensar em ti, me basta
o próprio amor que por ti sinto:
és a ideia, serena e casta,
nutrida do enigma do instinto.

O lugar da tua presença
é um deserto, entre variedades:
mas nesse deserto é que pensa
o olhar de todas as saudades.

Meus sonhos viajam rumos tristes
e, no seu profundo universo,
tu, sem forma e sem nome, existes,
silêncio, obscuro, disperso.

Teu corpo, e teu rosto, e teu nome,
teu coração, tua existência,
tudo - o espaço evita e consome:
e eu só conheço a tua ausência.

Eu só conheço o que não vejo.
E, nesse abismo do meu sonho,
alheia a todo outro desejo,
me decomponho e recomponho


Cecília Meireles