sábado, março 02, 2013

AMOR É PROPRIEDADE. SEXO É POSSE. AMOR É A LEI; SEXO É INVASÃO.


O amor é uma construção do desejo. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre com tesão. Amor e sexo, são como a palavra farmakon em grego: remédio ou veneno – depende da quantidade ingerida.

 O sexo vem antes. O amor vem depois. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento. No sexo, o pensamento atrapalha.

O amor sonha com uma grande redenção. O sexo sonha com proibições; não há fantasias permitidas. O amor é o desejo de atingir a plenitude. Sexo é a vontade de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade – nunca é totalmente satisfatório. O sexo pode ser, dependendo da posição adotada. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrário não acontece. Existe amor com sexo, claro, mas nunca gozam juntos.

O amor é mais narcisista, mesmo entrega, na ‘doação’. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo do egoísmo. Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do ‘outro’. O sexo, mesmo solitário, precisa de uma ‘mãozinha’. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até na maior solidão e na saudade. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora. O amor vem de nós. O sexo vem dos outros. ‘O sexo é uma selva de epilépticos’ (N. Rodrigues). O amor inventou a alma, a moral. O sexo inventou a moral também, mas do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge.

O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: ‘Faça amor, não faça a guerra’. Sexo quer

guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas. O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica.

 O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as ‘saunas relax for men’. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provençais do século XII e, depois, relançado pelo cinema americano da moral cristã.

Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção; sexo selvagem é uma ameaça ao bom

funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controlá-lo é programá-lo, como faz a indústria da sacanagem. O mercado programa nossas fantasias.
 
Não há ‘saunas relax’ para o amor, onde o sujeito entre e se apaixone. No entanto, em todo bordel, finge-se um ‘amorzinho’ para iniciar. O amor virou um estímulo para o sexo.
 
O problema do amor é que dura muito, já o sexo dura pouco. Amor busca uma certa ‘grandeza’. O sexo é mais embaixo. O perigo do sexo é que você pode se apaixonar. O perigo do amor é virar amizade. Com camisinha, há ‘sexo seguro’, mas não há camisinha para o amor.
 
O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é a lei. Sexo é a transgressão. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados.
 
Amor precisa do medo, do desassossego. Sexo precisa da novidade, da surpresa. O grande amor só se sente na perda. O grande sexo sente-se na tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda – ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta.



Arnaldo Jabor

MOMENTOS DA FORMATURA MILITAR DO MEU FILHO PEDRO


O caminho é incerto e inevitável, mas o enviado é sublime e determinado, então deixe o ir ao encontro da vida, dos destinos, dos tropeços, das provações do homem, de tudo o que possa vir, és mãe, senhora, lastro de ternura e de infinita proteção, ergue tuas mãos para os céus e agradeces a Deus, teu filho parte com a certeza da glória, um jovem feliz em busca da vitória - Deus reflete os caminhos, nas selvas, nas brisas, agradece a ele Socorro Carvalho, nossa maior poetiza.
Nelson Vinencci



 



Puxa Socohelp, muito feliz por você, e mais ainda pelo Pedro. Deus abençoe imensamente essa nova jornada, e que ele continue sendo esse rapaz lindo, mas lindo de alma, porque a maior beleza é a interior, e ele é essa pessoa especial. Amiga, essa é apenas a sua primeira recompensa divina por ter criado tão bem seu filho. Outas ainda virão.|Muitas outras. Abraços!!!

Joelma Viana






Nossa,  só ao ler teu texto já me emocionei. Não sou mãe mas sei o que estás sentindo nesse momento especial. Desejo do fundo do meu coração, imenso sucesso a este menino lindo e meigo.
Um forte abraço de alguém distante, mas perto em pensamento.

Rô Almada



Pedro e Felipe, primos e amigos irmãos!!
Companheiros de todas as horas, das bobagens  e  também das coisas sérias...
                                                Parceiro dos risos  e das grandes alegrias.



As fotos são o registro desse momento especial vivido junto do meu filho!!
Um momento regado por muitas emoções e reflexões, porém, divino e precioso ao coraçãod de uma mãe...
Aqui não irei escrever, ma faço uso das palavras do poeta e compositor Nelson Vinencci, da minha amiga jornalista Joelma Viana e da minha amiga professora Rô Almada...Elas, essas três pessoas, traduzem um pouco do muito de felicidade que habita meu peito, neste momento.
Obrigado meu Deus!!!

Socorro Carvalho