domingo, janeiro 12, 2014

RUÍDOS DO SILÊNCIO...


Era você. Sua presença concreta  diante do olhar surpreso, ainda náufrago entre doces quimeras . Quisera fosse miragem, mas era verdade. Era você. Era sua imagem. Não era miragem,  fantasia, nem tampouco criação  da  fértil   imaginação. Era você, real, imagem concreta e feliz da  sua mais real expressão , fazendo saltar  dos olhos reflexos de um coração marejado de lágrimas.



 O coração apertado  bateu forte, mas dessa vez, sem ritmo.  O olhar  ficou triste e a s lembranças boas deram lugar a uma compostura triste. Os passos sem direção caminhavam lentos numa luta estúpida. Tentativa de  provar o contrário, numa verdade  impossível de  se modificar.



 De repente,  o contraste,   sonho  se confronta com   realidade. Era você, de verdade, com gestos e expressões timbradas.Não era miragem. Nem imaginação.  O corpo tentava arrancar as marcas, apagar  palavras murmuradas  daquele amor imaginável.

O olhar perdido  procurava  arrimo. Passos sem destino na  procura de respostas,  que justificassem  o injustificável. O silêncio faz-se ruído em meio a essa tempestade...



Socorro Carvalho