Era uma manhã de um dia de
semana, desses de céu aberto e muito sol. Um trabalhador dirigiu-se para seu
local de trabalho.
Passando em frente a um templo
religioso, decidiu entrar. Era uma sala muito ampla e ele sentou num dos
últimos lugares, bem ao fundo.
Ali se pôs a fazer sua oração
cheia de vida, dialogando com Jesus.
Ouviu, então, em meio ao
silêncio, uma voz de alguém, cuja presença não tinha percebido: Escute, venha
aqui. Venha ver a rosa.
Ele olhou para os lados, para a
frente e viu uma pessoa sentada num dos primeiros lugares. Levantou-se e a voz
falou outra vez:
Venha ver a rosa.
Embora sem entender, ele se dirigiu
até a frente e percebeu que sobre a mesa havia realmente um vaso, no qual
estava uma linda rosa.
Parou e começou a observar o
homem maltrapilho que, vendo-o hesitante, insistiu: Venha ver a rosa.
Sim, estou vendo a rosa,
respondeu. Por sinal, muito bonita.
Mas o homem não se conformou e
tornou a dizer:
Não, sente-se aqui ao meu lado e
veja a rosa.
Diante da insistência, o
trabalhador ficou um tanto perturbado. Quem seria aquele homem maltrapilho? O
que desejaria com aquele convite?
Seria sensato sentar-se ali, ao
lado dele? Finalmente, venceu as próprias resistências, e se sentou ao lado do
homem.
Veja agora a rosa, falou feliz o
maltrapilho.
De fato, era um espetáculo todo
diferente. Exatamente daquele lugar onde se sentara, daquele ângulo, podia ver
a rosa colocada sobre um vaso de cristal, num colorido de arco-íris.
Dali podia-se perceber um raio de
sol que vinha de uma das janelas e se refletia naquele vaso de cristal,
decompondo a luz e projetando um colorido especial sobre a rosa, dando-lhe
efeitos visuais de um arco-íris.
E o trabalhador, extasiado,
exclamou: É a primeira vez que vejo uma rosa em cores de arco-íris. Mas, se eu
não tivesse me sentado onde estou, se não tivesse tido a coragem de me deslocar
de onde estava, de romper preconceitos, jamais teria conseguido ver a rosa, num
espetáculo tão maravilhoso.
Reflexão:
É preciso saber olhar o outro de
um prisma diferente do nosso.
O amor assume coloridos diversos,
se tivermos coragem de nos deslocarmos de nosso comodismo, de romper com
preconceitos, para ver o diferente e o novo.
Há uma rosa escondida em toda
pessoa, que não estamos sendo capazes de enxergar.
Há necessidade de sairmos de nós
mesmos, de nos dispormos a sentar em um lugar incômodo, de deixar de lado as
prevenções, para poder ver as rosas do outro, de um ângulo diverso.
Realizemos essa experiência,
hoje, em nossas vidas. Procuremos aceitar que podemos ver um colorido especial
onde, para nós, nada havia antes, ou talvez, de acordo com nosso modo de
pensar, jamais poderiam ser vistas outras cores.
Desconheço a autoria
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