Hoje faço uma pausa na poesia...
Largo a caneta, amasso páginas rascunhadas.
Chega de versos inacabados.
Já não quero mais escrever cartas
sem respostas.
Preciso de silêncio, para pensar.
Os ruídos sociais atormentam meus
ouvidos.
São tantas regras, pesos e
medidas.
Preciso despedir-me de
sentimentos contidos.
Talvez a espera já não tenha mais
sentindo.
A inspiração está falida...
Prosas e rimas estão em desatino.
O encontro ?
É uma espera infinda
Perdida no vácuo dessa imensa distância...
Os gritos de agonia, suprimidos
nas entrelinhas,
Jamais foram ouvidos
No eco desse desencontro
contínuo...
Enquanto o tempo segue taciturno
Fantasiando destinos "impossíveis".
Fantasiando destinos "impossíveis".
No íntimo da poética, o abandono.
Suspensos no coração estão os versos e rimas.
Chega de poesia...
Socorro Carvalho