quarta-feira, maio 07, 2014

JANELAS DE SAUDADES...

. A paisagem singular é fonte de inspiração;
Palavras que se juntam na construção da poesia.
Enquanto o vento  acaricia antigos poemas.
Por entre as flores que  enfeitam os versos contidos, 
Na ausência da rima,  perdidos  nas incertezas do tempo.
O coração apressado tem ritmo, mas não tem harmonia.
Tudo está em descompasso neste silêncio  vazio.
As mil cores de outrora vão sumindo na escuridão da noite.
O coração vai ocupando-se com sentimentos loucos.
No aconchego da poesia, deito-me e adormeço a esmo.
Como um cão sem teto e sem dono.
O frio das palavras, no corpo que estranha a falta do abraço,
Dentro de um frio louco, que não passa.
Lembranças passeiam feito gaivotas nas entrelinhas dos devaneios;
A saudade  vai  criando espaços e   janelas  dentro  do meu peito.


     Socorro Carvalho