Por Nilson Vieira - Canoas do Tapajós |
O dia amanhece... Na boca o sabor do beijo doce e no corpo o
calor do abraço forte, ainda, estão aqui em minha boca em minha pele, e em cada
segundo se misturam num misto de
celebração. Unção perfeita do desejo a evocar Eros, o deus do amor. Na metáfora
da poesia, um verso que rima loucura e
desejo. Há magia em cada olhar. Um refrão em cada gesto. Nos passos, sintonia
no caminhar. Os pensamentos se misturam com os acordes da melodia. Uma música
boa, uma lembrança boa. Enquanto a chuva insiste em molhar o chão, deixando o
coração a pulsar de saudade. Há malícia na “inocência” no beijo suave que
arrepia, alucina. O corpo é templo a guardar mil segredos. É amparo de esse
querer tão meu tão seu, tão nosso. A poesia enobrece os sentimentos, se faz
poética mais expressiva. O ardor de seus lábios aquece o meu mais íntimo e insano pensamento. O dia
amanhece com nuances de inverno, mas no meu corpo é verão, sol que se
acende como chama quente... “O dia vai seguindo e
continuo aqui entre lembranças tuas ao som misterioso de Maria Gadú... “ Deixa teu ser mudo me fazer falar” ...
Então, entre os devaneios de um novo
amanhecer as horas se seguem e continuo a pensar em você.
Socorro Carvalho
Foto: Nilson Pinto - poeta das imagens santarenas
Foto: Nilson Pinto - poeta das imagens santarenas