terça-feira, outubro 10, 2006

SOLIDÃO ABSOLUTA



O pranto impetuoso
Molha todo meu rosto
A saudade dura
Maltrata meu coração
A tristeza incontrolável
Embaça meus olhos
Nada consigo ver
Tudo está nublado, escuro...
Estou naufragada
Em lágrimas de amor.

A solidão
Castiga meu peito
Estou só...
Apenas teu cheiro
Parece estar presente
A perfumar o ar
A provocar meu querer
A atormentar meu sofrer.

Quisera eu
Poder morrer...Agora
Sem me deixar invadir
Nem me afogar
Pelo pranto de amor
Que insiste em cair...

A morte
Talvez seja a cura perfeita
Deste amor
Que de mim se apoderou
E hoje
Nem eu mesmo sei
Quem sou.


Socorro Carvalho

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