terça-feira, novembro 07, 2006

A MORTE


A morte é surpreendente
Vem indiscreta e nos leva...
O Coração deixa as emoções
Tudo fica esquecido!
O rosto rosado, empalidece, fica frio
Os sonhos se disperçam
A vaidade já não vale nada.


As marcas, etiquetas...
Já não vestem mais a ilusão
A morte é real
Caminho aberto peã outra dimensão...
O espírito viaja, vai além,
Atrás de Salvação.
O corpo gelado, endurecido
Já não tem estética definida.

Academia, regime, dieta, todos os esforços
Agora são esquecidos.
Entre o aconchego das paredes estreitas
De uma caixa fria
Apenas um corpo inerte ali detido.
Alvo de olhares entristecidos
Molhados por lagrimas de despedida.

De toda a ambição
Nada mais restou
Só um corpo desfalecido
Enquanto ao redor
A platéia chora perplexa
Diante do corpo sem vida.

Na cabeceira
Duas velas acessas
Enfeitam os candelabros da solidão.
Despedida!
É hora de partida!

Fecha-se o caixão...
Desce na cova da agonia!
A terra fica aos poucos
Vai sepultando lentamente...
Todo o orgulho, toda provocação, toda ignorância.
Já não somos nada...
Só a morte é soberana.
Socorro Carvalho



*Poesia inspirada, no dia de finados.
Quando estava ao lado do túmulo de meu querido pai, no cemitério São joão Batista.
Fiquei a observar quantas pessoas estão ali sepultadas.
Então, cheguei a conclusão que não somos nada nesta terra.
E que a morte é soberana diante de tantas pessoas que se julgam superiores as outras.

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