domingo, janeiro 21, 2007

SEM RIMAS
























Só por um instante
Quero calar seu nome
Esquecer lembranças de você
No refúgio da minha ilusão.

Quero invocar mistérios e sentidos
Mas sem encontrar
Inspiração para lhe escrever

No poema da vida
Apenas versos de solidão
Sem métrica, sem poética...

Apenas com a voz calada
Do meu existir
No silêncio íntimo dos meus sentimentos
Ouço apenas
O suplício do coração.

Entre quimeras
Ilusões perdidas
Desejos vagos
E a renúncia desesperada
Desta paixão.


Mas não quero falar
Nem escrever sobre você
Não quero mais lhe dedicar
Minha poesia...
Pelo menos por um dia.

Só por um instante
Quero meus versos soltos, livres
Intercalados
Porém, sem melancolia de saudade.

Hoje quero recriar meus versos
Fazer do poema
Um simples escrito, sem encantos...
Como protesto evidente
Do resistir
A este sentimento absurdo
Que tanto insiste
Em iludir minha realidade.

Sem palavras doces
Sem harmonia...
Sem rimas
Pelo menos por um dia...
Apenas quero ser...
O silêncio da poesia.


Socorro Carvalho

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