sábado, setembro 13, 2008

EU...


"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas,
dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes…


Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas,
por que eu não espero acertar sempre.


Não me mostrem o que esperam de mim,
por que vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem não sou.
Não me convidem a ser igual,
por que sinceramente sou diferente.


Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma,
mas com certeza não serei a mesma pra sempre."

(Clarice Lispectort)

RUMO AO SAIRÉ...


E lá se vai o povo pra Alter do Chão...
Estou de folga, e de repente, até poderia ir lá dar uma volta, mas...
Ainda não tenho carro e ir de ônibus, hum!Tô fora! Pra enfrentar aquela fila enorme...
Só se eu tivesse, lá pelo lago verde, um motivo bem grande pra ir...
Mas não tenho, então, prefiro ficar aqui de longe, só na dinolência (como diz Gerson Gregório)
Hoje, já estou legal, graças a Deus!!Fui pra aulinha, encontrei meus coleguinhas e estudei bem legal. Depois fui ao centro, lá na loja da Kátia, onde a Léia trabalha, por lá foi muito agradável o papo, (aquelas meninas são divertidas demais) por isso encontrá-las me faz bem.
Aqui estou, vou ficar em casa mesmo...
Na torcida de que mais um Sairé se realize numa boa...

Foto: Site da PMS

SAIRÉ: O SUÍCIDIO DE UMA CULTURA

Como bem descreve nosso ilustre historiador Wilde Dias da Fonseca, o Sairé, enquanto instrumento, “foi uma invenção dos missionários para perpetuar e firmar mais a religião entre os índios”, tendo como significado a idéia de um só Deus. Nesse caso, os cidadãos da bela Alter-do-Chão, hoje declarados, Boraris continuam perpetuando a idéia do colonizador, porém com um enorme agravante que é aceitar a incorporação do festival dos botos à sua tradição centenária”.

Pois como é sabido, o Sairé tradicional trazia em seu bojo festivo profano manifestações como a “DESFEITEIRA”, “MARAMBIRÉ”, “LUNDU”, “CURIMBÓ”, todas danças tradicionais. E ainda marcava o encerramento da festa o “CRUZADOR TUPI” e “CECUIARA”, hoje mortificados pelo boto alegórico, um primo do boi de Parintins.

Sem contar que, para se tornar uma festa com ares do exigido pela globalização, têm que se trazer atrações de renome nacional, pois o Sairé fica agora somente como uma logomarca que atrái dinheiro e popularidade. E ainda temos aqueles que, munidos de total ignorância, tentam cristalizar uma grafia nada convencional: “ÇAIRÉ”, um absurdo e um desrespeito a nossa cultura.


E assim o povo “Borari” está fadado a perder o pouco que têm de sua rica cultura. É necessário atentar para uma festa que represente a manifestação de um povo e não uma festa que congrega apenas lucratividade. A cultura de um povo é para ser manifestada e admirada e não vendida a turistas famintos por coisas exóticas dos “povos da floresta”.

Lí esse texto no Blog do Jeso Carneiro, e peguei emprestado para postar.
A autoria é do leitor que se assina José de Alencar Godinho Guimarães
Agora a foto foi emprestado do blog do Eduardo Dourado,
de onde ele pegou só Deus sabe...kkkk.