sexta-feira, fevereiro 05, 2010

A DISTÂNCIA


Por entre entre ruas e avenidas, caminhava.
E em  meio a uma multidão, estranha e indiferente
Buscava  em cada rosto, sua feição...


No alvoroço da vida, em cada manhã
Tentava sentir seu cheiro
Mas nenhuma fragrância tinha o aroma da sua pele.
Apesar de estar rodeada por tanta gente
 Continuava sozinha, dentro daquele meu  mundo tão diferente...
Em cada pensamento, uma lembrança...
E em cada lembrança a saudade. (sua)



Distante de você
O tempo estava estagnado, calado
E no silêncio da minha solidão
Só o vazio da sua presença era minha companhia...

Ao final da tarde, nem mesmo o passeio mais gostoso
Conseguia arrancar do meu peito a lembrança do seu rosto,
A carência do seu sorriso arteiro que me conquista.
O encanto do seu olhar traquino e sedutor que tanto me fascina.
Mas minha procura era em vão. (Não conseguia encontrar você)

Ah, quanto saudade, quanto tormento...
 

A noite chega
Quente, agitada
Mas eu continuo em meu canto, (calada)
Sentindo na pele o frio da solidão.
Perdida em meus devaneios
Coloquei no papel cada verso
Resposta da minha inspiração.



A saudade  chega  imensa e traiçoeira
Carrega-me até você. ( em pensamento)
A distancia é tanta que me perco
E mesmo procurando, tanto, já nem sei se ainda irei  lhe encontrar. ( meu)

Mas mesmo assim, sei que em algum lugar você deve estar.
Talvés fugindo dos sentimentos
Tentando, quem sabe, esquecer meu olhar.
Então ficava  a pensar
Será que em algum momento você sentiu saudades de mim?
Não sei.
Prefiro não me acorrentar a essa indecisão.

Então, para fugir dessa loucura, calo minha angústia,
Nesse poema 
Onde retrato minha completa  solidão.



Socorro Carvalho




 

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