Dizendo coisas que ninguém entende!
Da tua cantilena se desprende
Um sonho de magia e de pecados,
Dos teus pálidos dedos delicados
Uma alada canção palpita e ascende,
Frases que a nossa bôca não aprende,
Murmúrios por caminhos desolados.
Pelo meu rosto branco, sempre frio,
Fazes passar o lúgubre arrepio
Das sensações estranhas, dolorosas...
Talvez um dia entenda o teu mistério...
Quando, inerte, na paz do cemitério,
O meu corpo matar a fome às rosa.
Florbela Espanca
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradeço sua visita, com breve retorno!! Seu comentário vem somar mais versos em minhas inspirações... grande abraço. Se quiser pode escrever diretamente para o meu email: socorrosantarem@gmail.com