sábado, setembro 11, 2010

SAIRÉ 2010 - CONHEÇA UM POUCO DESSA HISTÓRIA

SAIRÉ: TRADIÇÃO QUE SEDUZ

O Sairé é uma festa tradicional que acontece há mais de 300 anos na Vila de Alter do Chão. Mistura elementos religiosos e profanos, o que dá um toque diferente e especial à Festa. Segundo alguns historiadores, o Sairé foi criado pelos índios para homenagear os portugueses que colonizaram a região, segundo os quais os nativos teriam confeccionado o símbolo do Sairé imitando os escudos usados pelos colonizadores, incluindo as cruzes que simbolizam o mistério da Santíssima Trindade. Outros afirmam que a origem do Sairé é atribuída aos frades jesuítas, que teriam criado o símbolo para ajudar na catequese dos indígenas. Essa é a hipótese mais provável, já que os índios, antes da catequização, não conheciam a religião cristã.



A Festa tem procissões, ladainhas, manifestações folclóricas e shows musicais. É uma tradição que acontece todo ano no mês de setembro, quando as praias em Alter do Chão aparecem com toda sua exuberância e a população local se prepara para receber os visitantes. É um atrativo fundamental para quem quer conhecer de perto a cultura dos santarenos, uma vez que a Festa é embalada no ritmo do carimbó.



E é no gingado do carimbó que os Botos Tucuxi e Cor de Rosa se apresentam. São eles os anfitriões do Festival dos Botos, uma disputa de arte que embeleza as noites do Sairé. Através de alegorias, fantasias, coreografias e música, um corpo de jurado escolhe qual grupo dramatizou melhor a Lenda do Boto, que conta que a estória de que moças ribeirinhas são seduzidas pelo boto que virou homem.



A disputa dos Botos. O mundo encantado de Tucuxi e Cor de Rosa. A Lenda do Boto, a mais famosa e curiosa da Amazônia é a fonte de inspiração do Festival dos Botos, que acontece dentro da programação oficial da Festa do Sairé. Entram em cena Tucuxi e Cor de Rosa para disputar a atenção do público e o título de campeão do Festival.



Os jurados, pessoas não residentes em Santarém, irão avaliar 15 itens da apresentação dos botos. Aquele que obtiver mais pontos na somatória geral dos itens é o vencedor. Até hoje, em 11 edições da disputa, o Cor de Rosa

já conseguiu 7 títulos, contra 4 do Tucuxi.



O mito amazônico que o boto vira homem para seduzir as moças ribeirinhas é o ponto alto das apresentações. Tucuxi e Cor de Rosa preparam espetáculos minuciosamente ensaiados para seduzir o público.



As agremiações montam alegorias gigantes, fantasias, coreografias e cenários que retratam momentos e particularidades da cultura amazônica. Moças bonitas se vestem de rainhas para abrilhantar ainda mais as

apresentações. Músicas de carimbó dão o ritmo e o som da disputa. Uma festa encantada que faz das noites do Sairé um momento especial para apreciar a arte e o talento dos santarenos.



Os Botos - Existem dois tipos de botos na Amazônia, o rosa e o cinza (tucuxi). Cada um de diferente espécie, com diferentes hábitos e envolvidos em diferentes tradições. No Sairé, as agremiações homenageiam esses dois Botos, representadas pelas suas respectivas cores. O Boto Cor de Rosa e o Boto Tucuxi. A disputa entre eles já duram onze edições do Festival. Sete vitórias para o Cor de Rosa, contra quatro do Tucuxi. Este ano, o Boto Cinza entra em cena com o tema “A Lenda”. O Cor de Rosa vai tentar o tretacampeonato com o tema “A lenda do Amor”.



Confira a galeria de imagens do Sairé 2010 ( com fotos de : Ronaldo Ferreira e Rozinaldo Garcia/PMS)


Confira AQUI...


Informações: Prefeitura Municipal de Santarém

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