terça-feira, junho 01, 2010

ASSIM SOU EU...E DAÍ???



Sou brasileira, gosto de futebol me amarro em Copa do Mundo, sou apaixonada pela música regional e também sou fã de grandes nomes da MPB.

Mas isso não me impede de curtir forró, brega, calipso , seresta, carimbó e etc, tudo vai depender do momento e do meu estado de espírito. Se estiver na boa, curto o que pintar, mas se estiver indisposta prefiro o silêncio e nessas horas gosto de me encontrar com a poesia (minha arte preferida).

Gosto de estar com boas amizades, tomar uma cerveja gelada ou mesmo uma água de coco, não importa, o mais importante é que seja regada a um papo agradável e uma companhia legal.


Enfim, gosto das coisas boas da vida. Uma boa aventura me fascina me excita e me faz bem, pra caramba(rsrs). Às vezes sou louca, mas sempre na medida certa...

Sou loba, felina, feroz, protetora e de garras bem afiadas. Mas em muitos momentos sou doce, dengosa, carinhosa, melindrosa e tudo mais que uma mulher poder ser.


Além de tudo, sou ciumenta, o pior é que não sei esconder, mas não me inibo com isso não. Se o território me pertence, marco do meu jeito e pronto ache ruim quem achar, to nem ai. Sou assim e não mudo minha postura para agradar ninguém, nem mesmo o amor da minha vida (que na verdade, ainda estou procurando ...rsrs) . Comigo não tem meias palavras, se gosto, gosto. Se não gosto, não gosto e pronto.


Mas quando amo sou muito fiel e até aquela amante a moda antiga, igual a música do Roberto mando flores e poesia. Mas quando percebo que tudo isso é em vão deixo de lado, afinal de contas tudo passa nessa vida. E, do meu jeito, simplesmente vou me retirando de fininho. Não sou louca não, sou assim mesmo. Apenas penso que o amor deve ser partilhado, se não tem partilha, tá despachado.

Uma outra coisa que valorizo e gosto muito é ter boas amizades, mas da mesma forma que no amor, se eu perceber que nela existe sacanagem, deixo de lado e pra mim tanto faz.

Posso parecer chata e ignorante, em muitos momentos.Na vedade, sou apenas um pouco exigente e isso começo comigo mesmo. Sou libriana e a justiça pra mim, para ser boa tem de começar em casa.


Uma coisa que gosto muito é da poesia que existe ao meu redor, num olhar, num sorriso, num por do sol, na chuva naquela beleza que está onde só os olhos e o coração de uma poetisa consegue enxergar, na simplicidade da existência. ( E olha que são tantas)

Mas em meio a tudo isso tem uma coisa muito importante que preciso falar...

Trabalho fazendo o que gosto. Não tenho o maior e nem o melhor salário do mundo mas tenho a felicidade de estar sempre perto das pessoas que gosto e até admiro. Algo que pode parecer sem valor, mas pra mim não tem dinheiro que possa pagar. A companhia das pessoas, o riso de nada, as conversas bobas, até mesmo as brigas profissionais (de vez em quando) servem como alicerce para fortalecer meu crescimento profissional e pessoal.

O que faço?

Bem, trabalho no Projeto Rádio pela Educação na Rádio Rural de Santarém onde estou a frente da Produção do Programa Para Ouvir e Aprender. Um programa de cunho educativo que tem como público alvo crianças e adolescentes da Amazônia, em especial de Santarém e região.


Um trabalho fascinante onde a cada dia, juntamente com outras pessoas vamos construindo o saber e partilhando nossos conhecimentos e sinto-me feliz por isso. Digamos que sou como o beija flor no incêndio da floresta. Estou fazendo minha parte, com cada gotinha de conhecimento que divido em cada novo dia, com uma série de crianças e adolescentes.

Talvez, com essa gotinha não consiga salvar o Planeta mas sou consciente de que estou contribuindo de alguma forma na formação de futuro cidadãos e cidadãs mais responsáveis e conscientes, diante do Planeta onde vivem.

Uma coisa é certa não quero no futuro me tornar uma pessoa amarga e cheia de sentimentos de culpa por nunca ter feito nada. E depois de tudo, sair pelo mundo soltando amargor e querendo ser a salvadora do Planeta. Mas pensando bem, isso está difícil de acontecer. Sabe por quê? Porque sou BRASILEIRA e aqui no Brasil vive um povo FELIZ. E eu, claro tenho orgulho de ser brasileira




Sinceramente, não tenho que dar explicações dos meus atos, pois sou consciente de que a educação é a única forma de transformar o mundo. Portanto... Estou fazendo minha parte!!! Mas enquanto isso meu coração é verde e amarelo e tudo que mais quero é a conquista do HEXA para o Brasil!!!


Eu sou assim... e etc.

Um grande abraço


Socorro Carvalho


SANTARÉM - 1º FÓRUM COMUNITÁRIO SELO UNICEF MUNICIPIO APROVADO



Com o o objetivo de analisar a situação da infância e da adolescência na região oeste do Pará,  foi realizado na manhã de hoje, o 1º Fórum Comunitário Selo Unicef Munícipio Aprovado. O encontro foi realizado no hotel Amazônia Boulevard, das 8h às 13h.

Estiveram presentes entidades ligadas à defesa dos direitos da criança e do adolescente e representantes de outros municípios. Entre as entidades estava a Equipe Técnica do Projeto Rádio pela Educação.


Segundo a articuladora do fórum, professora Lucineide Pinheiro, o encontro é um momento importante para a melhoria no trabalho voltada a infância. De acordo com ela, o compromisso de todos é assegurar os direitos da criança e do adolescente da região, através de articulações e políticas públicas.


O selo Unicef é um processo de reconhecimentos dos municípios que lutam pela garantia dos direitos da infância, promovendo a construção conjunta de um plano de ação que busque a integração e articulação entre os três níveis de governo: o setor privado, a sociedade civil e a comunidade.

A iniciativa já está em sua 3ª edição nos estados semiáridos brasileiros e faz parte da Agenda Criança Amazônia, compromisso firmado pelos governadores da Amazônia Legal.




Fotos: Arquivo do Rádio pela Educação
Fonte: PMS

IMPORTÂNCIA DA AMIZADE


Um dia, durante uma conversa entre advogados, me fizeram uma pergunta:

- O que de mais importante você já fez na sua vida?


A resposta me veio a mente na hora, mas não foi a que respondi pois as circunstâncias não eram apropriadas.

No papel de advogado da indústria do espetáculo, sabia que os assistentes queriam escutar anedotas sobre meu trabalho com as celebridades. Mas aqui vai a verdadeira, que surgiu das profundezas das minhas recordações:


O mais importante que já fiz na minha vida, ocorreu em 08 de outubro de 1990. Comecei o dia jogando golfe com um ex-colega e amigo meu que há muito não o via. Entre uma jogada e outra, conversávamos a respeito do que acontecia na vida de cada um. Ele me contava que sua esposa e ele acabavam de ter um bebê. Enquanto jogávamos chegou o pai do meu amigo que, consternado, lhe diz que seu bebê parou de respirar e que foi levado para o hospital com urgência.


No mesmo instante, meu amigo subiu no carro de seu pai e se foi. Por um momento fiquei onde estava, sem pensar nem mover-me, mas logo tratei de pensar no que deveria fazer:


- Seguir meu amigo ao hospital ? Minha presença, disse a mim mesmo, não serviria de nada pois a criança certamente está sob cuidados de médicos, enfermeiras, e nada havia que eu pudesse fazer para mudar a situação.


- Oferecer meu apoio moral? Talvez, mas tanto ele quanto sua esposa vinham de famílias numerosas e sem dúvida estariam rodeados de amigos e familiares que lhes ofereceriam apoio e conforto necessários, acontecesse o que acontecesse. A única coisa que eu faria indo até lá, era atrapalhar.


Decidi que mais tarde iria ver o meu amigo. Quando dei a partida no meu carro, percebi que o meu amigo havia deixado o seu carro aberto com as chaves na ignição, estacionado junto as quadras de tênis. Decidi, então, fechar o carro e ir até o hospital entregar-lhe as chaves.



Como imaginei, a sala de espera estava repleta de familiares que os consolavam. Entrei sem fazer ruído e fiquei junto a porta pensando o que deveria fazer. Não demorou muito e surgiu um médico que aproximou-se do casal e em voz baixa, comunica o falecimento do bebê.


Durante os instantes que ficaram abraçados - a mim pareceu uma eternidade- choravam enquanto todos os demais ficaram ao redor daquele silêncio de dor. O médico lhes perguntou se desejariam ficar alguns instantes com a criança. Meus amigos ficaram de pé e caminharam resignadamente até a porta.


Ao ver-me ali, aquela mãe me abraçou e começou a chorar. Também meu amigo se refugiou em meus braços e me disse:

- Muito obrigado por estar aqui !


Durante o resto da manhã fiquei sentado na sala de emergências do hospital, vendo meu amigo e sua esposa segurar nos braços seu bebê, despedindo-se dele. Isso foi o mais importante que já fiz na minha vida.


Aquela experiência me deixou três lições:


Primeira: o mais importante que fiz na vida, ocorreu quando não havia absolutamente nada, nada que eu pudesse fazer. Nada daquilo que aprendi na universidade, nem nos anos em que exercia a minha profissão, nem todo o racional que utilizei para analisar a situação e decidir o que eu deveria fazer, me serviu para naquelas circunstâncias: duas pessoas receberam uma desgraça e nada eu poderia fazer para remediar. A única coisa que poderia fazer era esperar e acompanhá-los. Isto era o principal.


Segunda: estou convencido que o mais importante que já fiz na minha vida esteve a ponto de não ocorrer, devido as coisas que aprendi na universidade, aos conceitos do racional que aplicava na minha vida pessoal assim como faço na profissional. Ao aprender a pensar, quase me esqueci de sentir. Hoje, não tenho dúvida alguma que devia ter subido naquele carro sem vacilar e acompanhar meu amigo ao hospital.


Terceira: aprendi que a vida poder mudar em um instante. Intelectualmente todos nós sabemos disso, mas acreditamos que os infortúnios acontecem com os outros. Assim fazemos nossos planos e imaginamos nosso futuro como algo tão real como se não houvesse espaços para outras ocorrências. Mas ao acordarmos de manhã, esquecemos que perder o emprego, sofrer uma doença, ou cruzar com um motorista embriagado e outras mil coisas, podem alterar este futuro em um piscar de olhos. Para alguns é necessário viver uma tragédia para recolocar as coisas em perspectiva.


Desde aquele dia busquei um equilíbrio entre o trabalho e a minha vida. Aprendi que nenhum emprego, por mais gratificante que seja, compensa perder férias, romper um casamento ou passar um dia festivo longe da família.


E aprendi, que o mais importante da vida não é ganhar dinheiro, nem ascender socialmente, nem receber honras. O mais importante da vida é ter tempo para cultivar uma amizade.

 
 
 Autoria Desconhecida