quinta-feira, fevereiro 03, 2011

...MEU NOVO LAR, MEU NOVO AMOR...

Nessa tarde de clima manso, senti o meu corpo pensando em nós dois. Ele suspirava teu cheiro e se encontrava num belo conflito de interrogações: “estar na ‘tua casa’ é ‘estar em casa’? Sentir-se desafiado a não tomar atitudes que outrora tomava e me embriagava seria uma nova bebida mais saudável?” Por que, no momento, minha razão é quase como uma embriaguez – um momento no qual não se vê claramente o que se tem a frente, a não ser uma coisa: o caminho de volta, de casa, aquele que sempre acolhe e está pronto a receber... Mas voltar, para você, é não querer encarar o futuro presente, é não dar asas ao sonho de voar acompanhado. Um pensamento que é também compartilhado por mim, e que me tem treinado o exercício de definir os rumos, o futuro, nós dois, a possibilidade de sonhar acordado com alguém fazendo cafuné...

Lembro do dia em que me disse que o lar é o local onde você se encontra, acompanhado. Hoje, partilho do mesmo pensamento, com uma conclusão inevitável: nunca tinha me sentido em um lar “fora de casa”, e ao me deparar com essa realidade, meu corpo encontra, enfim, a resposta ao seu conflito: – estou em um novo lar, não somente em uma nova casa, estou nos braços de uma grande mulher, e mulher única...

Então, percebo o limite (ou seria angústia?) do meu novo querer ser: ele tem espaços pré-definidos, ele quer, já sabendo e experimentado o que deseja, ele encontrou subitamente o que esperava encontrar com mais tempo de estrada. Feito descoberta de um aventureiro, vive intensamente o que tem descoberto. E você é a descoberta! Uma vez lhe disse, amada: “você veio do futuro, encontrou-me primeiro do que eu. Antes que eu chegasse até você, chegaste até mim. Fui conquistado antes que eu pudesse fazer essa conquista...”


O amor me veio como advento, antes mesmo que eu chegasse a ele, sem dá tempo para me preparar, e ao mesmo tempo, me ajudando a encarar o agora mais decisivo dilema da vida: está em um novo lar, no qual o ‘eu’ é construtor com total consciência disso, vivendo e sentindo cada estágio da construção. E assim estou, construindo, edificando a obra, ao teu lado. E de vez em quando sinto um peso de “200 quilos” dessa nova realidade, o que para você é motivo de risos...

Ainda sinto vontade de visitar e passar uns dias em meu primeiro lar, no terreno das minhas lembranças. Essa é uma parte da história que o tempo permite, porque não há vida sem passado, sem memória. Diria que a lembrança é uma parte da história que a memória nos permite, e não necessariamente uma volta ao passado. Mas por ora, estou amando o meu presente, filmando-me em meu futuro.


F. Cesar Sousa


Feliz Aniversário, meu Amor!!!


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