Foto: Antonio Maia
Nascemos, para amar; a humanidade Vai tarde ou cedo aos laços da ternura. Tu és doce atrativo, ó formosura, Que encanta, que seduz, que persuade.
Enleia-se por gosto a liberdade; E depois que a paixão nalma se apura, Alguns então lhe chamam desventura, Chamam-lhe alguns então felicidade.
Qual se abisma nas lôbregas tristezas, Qual em suaves júbilos discorre, Com esperanças mil na idéia acesas.
Amor ou desfalece, ou pára, ou corre; e segundo as diversas naturezas, Um porfia, este esquece, aquele morre.
Bocage (1765-1805) |
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