Mas tudo passou tão depressa
Não consigo dormir agora.
Nunca o silêncio gritou tanto
Nas ruas da minha memória.
Como agarrar líquido o tempo
Que pelos vãos dos dedos flui?
Meu coração é hoje um pássaro
Pousado na árvore que eu fui.
Não consigo dormir agora.
Nunca o silêncio gritou tanto
Nas ruas da minha memória.
Como agarrar líquido o tempo
Que pelos vãos dos dedos flui?
Meu coração é hoje um pássaro
Pousado na árvore que eu fui.
Cassiano Ricardo (1895-1974)
Foto: Foi feita pelo professor Aderlan ( na comunidade de Enseada do Amorim - Tapajós)
O poema faz parte da quarta feira é dia de poesia enviada pelo poeta Jason Carneiro
O poema faz parte da quarta feira é dia de poesia enviada pelo poeta Jason Carneiro
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