Quem foi apaixonado pelo AAS (
Álvaro Adolfo da Silveira) e não sabe continuar esse hino pede pra sair! Eu
aposto que os ex-alunos do AAS, sobretudo os que eu conheço, cantam até hoje o
hino da escola. Principalmente aqueles que aprenderem com o professor Donaldo
Pedroso. Eu, por exemplo. No meu tempo (não posso falar de agora) estudar no
AAS era quase a tropa de elite do BOPE intelectual de Santarém. E era mesmo,
afinal, quem não treinava a sua vã filosofia após as aulas do Aldo Campos?
Aquele homem me fez pensar, ele me politizou. Quem não aprendeu a dissertar
depois das aulas da Isaura e dos ralhos do Leonel Mota? E os peixinhos que todo
mundo era obrigado a fazer na prova de Desenho do Professor do Vale. Eu nunca
soube fazer o peixinho. Na minha família, estudar no AAS era quase um tópico de
testamento. E tanto que quase todo mundo passou por lá, menos os mais novos,
mas que com certeza nunca vão viver o que vivemos nas escadas do AAS. A escola
mais tradicional de Santarém fez meio século de fundação no último dia 1º. E eu
vendo na TV até senti o cheiro do Álvaro Adolfo, juro. Não sinto saudades,
porque eu aprendi no AAS que é preciso viver todos os ciclos...rsrsrs Mas, devo
ao AAS e todos os professores maravilhosos que tive lá, muito do que aprendi,
muito do que sei. Como era pesada aquela fardinha dentro do ônibus... E como
tinha um bocado dela e o ônibus ficava minutos parado na porta da escola
esperando a tropa de elite descer... e seguia vazio para o centro. O único
detalhe deste vínculo familiar meu com o AAS é que todo mundo da minha casa
jogou na seleção do colégio, eu dava até atestado pra não fazer educação
física. Minha tia Andréa não aceita isso até hoje. Mas pelo menos eu fui
convidada a levar a bandeira do colégio no dia 7 de setembro (só as melhores
notas da escola recebiam este convite), mas eu não aceitei, pra mim era a morte
andar no sol quente no desfile do dia da Pátria. Mas, eu ficava ouvindo pela
Rádio Rural e quando o AAS entrava ficava arrepiada de emoção e orgulho. AAS
foi a minha escola. Foi ela que assinou meu passaporte para o Universidade
Federal do Pará. E eu fui sem escalas, voo direto. Viva o AAS. Nem que seja o de
antigamente.
Rúbia,
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