Que sempre existam almas para as quais o amor seja também o
contacto de duas poesias, a convergência de dois devaneios.
O amor, enquanto
amor, nunca termina de se exprimir e exprime-se tanto melhor quanto mais
poeticamente é sonhado.
Os devaneios de duas almas solitárias preparam a magia
de amar.
Um realista da paixão verá aí apenas fórmulas evanescentes. Mas não é
menos verdade que as grandes paixões se preparam em grandes devaneios.
Mutilamos a realidade do amor quando a separamos de toda a sua irrealidade.
Gaston Bachelard, in ' A Poética do Devaneio'
Gaston Bachelard França
1884 // 1962 Filósofo
* Eis ai um dos grandes motivos da morte de tantos sentimentos verdadeiros...
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