Ah!... O amor! ... Quem não viveu um amor?
Eu, você... Todos viveram, vivem e querem viver um amor. Não
tem jeito não é mesmo? Queremos viver um grande amor e sempre o último.
Amor e paixão às vezes se confundem, às vezes não. Mas
sempre um tem uma forte ligação com o outro. Tem início, meio e fim. Juntos ou
não eles chegam e vão ou não. Ou se enraízam no coração e vão eternamente sendo
levados com a gente.
Mas como se define o amor?
Cada um de nós tem o seu próprio conceito. Cada um de nós
sabe definir o sentido do amor que viveu, quer viver ou está vivendo. Acho que
o amor é singular no sentido. Cada um tem o seu jeito de amar. Amor só é
plural, quando é amor correspondido.
Já amamos e fomos amados. Rejeitamos e fomos rejeitados. Dos
amores do presente, temos que ter mais cuidado. Fiquemos atentos às
experiências do passado, para viver no futuro, aquele amor, único, de todos o
mais amado.
A gente sempre sonha com aquele grande amor. Às vezes nos
colocamos como adolescentes, sempre imaginando o amanhã. Fantasiando o futuro,
nos vendo encontrando o grande amor da nossa vida. Aquele único. Aquele que nos
acompanharia pelo resto da vida, caminhando na mesma estrada.
A gente até imagina e fantasia. Se vê -- sonhando acordado
-- envelhecendo ao lado do ser amado. E continuamos sonhando com os olhos bem
abertos e o coração palpitando, vivermos eternamente ao lado daquele grande e
único amor. O amor da nossa vida.
E aí o amor, acaba chegando...
O amor, aquele que a gente recebe depois de tanto ser
esperado. Nos deixa meio loucos. De repente nos sentimos como adolescentes.
Tudo é marcado, comovente...
O primeiro encontro, o primeiro olhar. O primeiro toque na
mão, o sorriso. O primeiro abraço, aquele beijo roubado. O beijo de despedida
que parece durar uma eternidade. A ida pra casa, com os lábios molhados, o
coração acelerado, sabendo que tem que ir, mas querendo ficar ali, parar o
tempo naquele exato momento em que o beijo bem dado, nunca deveria ter acabado.
Depois, deitado, abraçado ao travesseiro, se lembra de cada
detalhe vivido. Dormir?... Que dificuldade. A gente rola na cama, liga e
desliga a televisão, olha o telefone, da vontade de ligar, torce pra ele tocar.
A gente dorme de cansado de esperar o sono chegar e fica
triste quando acorda, e fica sem saber se sonhou com o ser amado. Será então
que comigo sonhou? A gente fica um ser bobo!
E continuamos a guardar e relembrar. A primeira briga, o
primeiro rosto queimando, ruborizado, ardendo como fogo, puro ciúme sem motivo.
Mas tudo se transforma em razão. Ciúmes é tempero da paixão. E então por causa
dele... A primeira separação. A espera eterna e a correria atrás da
reconciliação. A demora, a falta de paciência, o pedido para sentar e conversar
e a resposta não vem, parece que nunca vai chegar.
O telefone não toca. Será que está com defeito? A gente liga
pra gente mesmo, só para confirmar se ele está chamando ou não. Quando é só
tirar do gancho e escutar o som intermitente... Haja impaciência...
Primeira briga, chegou a crise, reconciliação, pedido de
perdão e uma drástica decisão... Daqui pra frente vou ter mais cuidado, ser
mais tolerante, segurar os impulsos, controlar os ciúmes... Juro!... Juro que
juro que vou mudar...
Não é assim... Ou será que não?
E como a gente vê o amor? Como é para cada um de nós o
sentido do amor?
Para este poeta, homem e às vezes adolescente sonhador...
O amor é alegria, empatia, é todo dia.
É dormir e acordar.
É inventar.
É se olhar no espelho e mesmo em um momento sozinho, ter o
ser amado ali, refletido ao seu lado.
É morrer de rir e viver assim.
É deixar partir e ficar esperando, com a certeza da volta,
do reencontro.
É a troca do olhar, no se amar, no beijo na boca, é carinho
e carícias, é prazer sem censura.
É andar juntos na mesma direção
É hoje eu e você e amanhá somos sempre nós
É desejar a felicidade do ser amado como se fosse da gente
É resolver problemas, e nunca ser um e sim solução.
É dividir tarefas nas horas certas e incertas.
É viver na sinceridade, mergulhar na verdade.
É compartilhar e completar.
É cinema, é poema
É aprendizado, conversa séria e papo furado.
É um sorriso lindo.
É avião partindo e esperar na volta a chegada.
É enlouquecer de paixão, serenar o coração.
É ser cúmplice e parceiro, e viver cada momento por inteiro.
É também uma dança, uma festa
É o mesmo caminho, mesmo com dificuldades e espinhos
É um pouco de ciúmes na dose certa sem queixumes.
É esperança, é amizade e liberdade com respeito, sem
despeito.
É ideal quando se sente a mesma coisa.
É Sintonia dos casais.
Mas se for diferente e não cantar a mesma canção. O melhor é
sentar e conversar e se chegar a uma conclusão. Não precisa se ter na canção a
mesma letra, mas dançar felizes a mesma melodia.
É fantasia e realidade.
É escrever todo dia e toda hora, uma nova história de amor
É isto e aquilo.
É tudo isso e muito mais.
Acho que o amor é assim. Deve ser cuidado com uma flor e
como ela ser cultivado.
Uma vez ouvi dizer que “a vida só é bem vivida e feliz
quando vivida na vida de outra vida”.
E você? O que acha?