sexta-feira, fevereiro 22, 2013

A MISSIONÁRIA NUA: UMA MULHER QUE ENSINA O PRAZER É SANTA OU É PUTA?


Eu a conheci na faculdade. Baixinha, sorridente, era muito sensual sem ser bonita. Gostava de mim, mas também gostava de outro sujeito, mais velho, e provavelmente de mais alguns, de quem eu nunca soube. Era generosa. Aguerrida. Uma vez, conversando sobre sexo, me disse que, num mundo sem preconceitos, seria prostituta. Não apenas pelo prazer de transar, que era enorme nela, mas pela possibilidade de ajudar. “Tem tanto homem triste por aí”, ela me disse. “Gente feia, doente, mas que é bonita por dentro. Essas pessoas precisam de carinho.” Ela achava que seu corpo poderia ser usado para reduzir as dores do mundo.

Ontem, vendo As sessões – o filme em que Helen Hunt interpreta a terapeuta que ajuda um homem paralisado a perder a virgindade – eu acho que entendi, 30 anos depois, o que a minha amiga queria dizer. E que tipo de pessoa era ela.

A terapeuta do filme, inspirada numa mulher de verdade, ajuda as pessoas com dificuldade sexuais a descobrir o prazer. Conversa com elas, toca e se deixa tocar, transa. Trabalha em conjunto com uma psicóloga, discutindo as necessidades e dificuldades do paciente. Uma dessas profissionais, que ainda hoje atua na Califórnia, deu entrevistas recentes à imprensa brasileira e disse já ter atendido mais de 900 pessoas, homens em sua maioria. Não deve ser gente particularmente bonita. Muitas nem serão agradáveis. Mas a terapeuta se despe e se deita com elas do mesmo jeito. É um trabalho, mas também uma missão.

Há um pouco da minha amiga nessa terapeuta do sexo, mas talvez haja um pouco dela em cada mulher.
As mulheres fazem sexo porque gostam, mas fazem também porque nós, homens, precisamos disso desesperadamente. Fazem por carinho e às vezes por pena. Fazem para ver – eu já ouvi isso – os nossos olhos brilharem de satisfação. Elas nos dão de presente seus corpos macios e nós, muitas vezes, abrimos o pacote com pressa, famintos, sem sequer perceber que há um bilhete com dedicatória. Ao contrário do paralítico do filme, que entende o tamanho da graça que recebe, nós não choramos felizes e comovidos. Mas talvez devêssemos. Assim como na profissional descrita pelo filme, há um quê de santa (e de puta, naturalmente), em cada mulher que nos recebe entre as suas pernas - com as nossas dores e os nossos medos, com as nossas vaidades e injustificadas aspirações. 

Por essas razões, e por outras que não entendo inteiramente, o filme me deixou terrivelmente comovido.

Talvez porque eu ainda sinta, como um garotinho impúbere, que as mulheres que se deixam despir, tocar e penetrar realizam um ato de profunda e impagável generosidade para com os homens. Talvez porque eu me perceba, como o paralítico do filme, como todos os homens que eu conheço, assustadoramente dependente da atenção, do corpo e do afeto femininos. Talvez, ainda, porque, assim como personagem do filme, e como todos, homens e mulheres, eu seja capaz de antever, no momento mesmo em que o prazer explode, a iminência da perda e a profundidade da separação que se insinuam. O sexo que acabou nunca é o bastante, nunca é suficiente, nunca é exatamente o que buscávamos. Queremos amar e ser amados. Queremos tudo.

Minha amiga, aos 20 e poucos anos, intuía isso tudo. Por isso sonhava em colocar o seu corpo a serviço das almas e dos corpos doentes. Se vivesse em outro país, talvez isso virasse uma carreira. Aqui, é provável que essa vocação tenha simplesmente adormecido, como tantas coisas que a gente sufoca na juventude para nos tornarmos adultos produtivos. Mas, onde quer que esteja, tenho certeza que se minha amiga vir o filme reconhecerá, naquela mulher que goza com o corpo sofrido de um bom homem, a possibilidade de sentimentos que estão muito além do hedonismo e do moralismo. Tomara que ela veja o filme – e que o papa Bento XVI veja também. Nunca é tarde para se perceber certas coisas.
  
Ivan Martins É editor-executivo de ÉPOCA (Foto: ÉPOCA)IVAN MARTINS É editor-executivo de ÉPOCA (Foto: ÉPOCA)
Foto: Google

QUE MULHER É ESSA?



Nas últimas semanas o tráfico de mulheres tem sido alvo de debate, provavelmente por ser tema de uma novela que se encontra no ar. Para alguns parece ser algo distante, para outros, mera ficção. O tema é tão hediondo que faltam palavras para expressar a indignação que o tipo de crime suscita. Uma sensação de mal-estar interior cresce ao longo da leitura dessas reportagens. É uma indignação visceral, um sentimento de desamparo no sentido real do termo, abandono ao mal, violência sem qualificação a que a sociedade assiste inquieta e temerosa.

Ciente da responsabilidade do meu papel de formadora de opinião, pretendo alertar que corpos femininos estão se tornando coisas, mercadorias, objetos banais. Negócio lucrativo como outro qualquer. Será essa uma questão nova na bandidagem internacional? Sabemos que a questão é antiga e que continuamos simplesmente assistindo ao horror infligido pelos criminosos. Estes e outros crimes fazem-me pensar o quanto a humanidade tem perdido em sensibilidade, respeito e dignidade.

É a grande miséria econômica que torna essas mulheres vulneráveis ao “canto da sereia” convocando para “trabalhos no Exterior”, não imaginando a escravidão que lhes espera. É a carência ou a ganância que convoca corpos a se venderem para a soberania do capital, invertendo a importância que o ser humano deve a si mesmo.

A banalização da vida e da pessoa conduz a esse tipo de indústria, fundada na imoralidade e na impunidade. É lucro hediondo sobre o sonho dessas mulheres de conquistarem uma vida melhor. É lucro hediondo sobre o uso e abuso dos corpos, como se fossem corpos sem face, sem nome, sem identidade, sem pátria.

Vendem-se corpos também na TV, no cinema, nos outdoors, nas esquinas da vida. A profissão de modelo, na qual garotas submetem-se a uma modelagem padronizada e tirânica de seus corpos, não é também uma forma de escravidão feminina? Até quando muitas das mulheres ainda serão simplesmente descritas como bonitas, feias, gostosas, gordas, magras, sedutoras, frias, fáceis, difíceis, velhas, jovens, enfim, de um modo estereotipado, discriminativo, preconceituoso, injusto e degradante de nomear a mulher, como se a atribuição cabível fosse de que ela é um objeto sexual, um ser de uso doméstico destituída de valores como pessoa?

Que seja dito que somos pessoas corajosas, lutadoras, amáveis, ativas, empreendedoras, cultas, capazes, sensíveis ou não, mas que sejam encontradas outras formas de dizer sobre a mulher que somos. Crescemos, saímos do lugar das sombras que fomos mantidas por tanto tempo.

Que a dor não seja só feminina e o prazer não seja só masculino. Nosso apelo para o ano que iniciou é que ele seja mais humanizado por ações mais éticas, com justiça e solidariedade em relação a essas questões e muitas outras. E principalmente, que nós mulheres valorizemos o nosso corpo, nossa dignidade e nossa alma. Não podemos mais ir para um mercado em que nos colocamos como algo a ser desejado e adquirido. Temos muitos valores e bem mais reais do que apenas um corpo bonito!

Zenilce Vieira Bruno 
Psicóloga, sexóloga e pedagoga

Blog do Arthur Bruno

“CARTAS DOS MUNDURUKU À NAÇÃO BRASILEIRA”


                                                                                           


    “Sai-Cinza, 05 de dezembro de 2012.

Nós, alunos do Projeto Ibaorebu, vimos por esta carta aberta trazer informações importantes sobre nossa realidade, noticiar fatos que trarão grandes transtornos à nossa sobrevivência cultural enquanto povo, enquanto nação, nesse país.

Bom dia, parentes de todo o país, todos os brasileiros, de todas as regiões, das cidades, dos lugares mais distantes e isolados. O que temos enfrentado são muitas dificuldades, mas a maior de todas é o que estamos vivenciando no momento, com as ameaças das construções dos complexos hidrelétricos em nossos rios, fora os garimpos e outros assuntos que estamos discutindo, desde muito tempo.

Queremos que o Governo, as autoridades, respeitem as nossas conquistas, as nossas lutas, nosso território, nossas riquezas, nossa cultura, nossa biodiversidade. Por mais que a nossa Terra Tradicional esteja demarcada, em face disso estamos enfrentando o maior pesadelo, que são as construções das usinas hidrelétricas ao longo de nosso rio.
Como podemos viver, sobreviver, sem a nossa história? Como podemos preservar e continuar com a nossa cultura milenar? Como continuar existindo, se os projetos ameaçam nossa sobrevivência física e cultural?

Somos protetores da natureza, vivemos dela, sobrevivemos e somos parte dela. Portanto, as conquistas não foram fáceis, houve lutas e mortes. Os nossos pais morreram lutando. Agora querem destruir os nossos sonhos. Querem passar por cima das leis, das nossas conquistas, dos nossos direitos. Temos direito à terra, à educação, e não merecemos isso. Portanto, lideranças políticas, ouçam os povos indígenas dessa nação!”
alunos mundurucu formandos

“Nós somos alunos da etnia Munduruku, localizados no sudoeste do Pará. Nós temos 118 aldeias, moramos na margem esquerda do Rio Tapajós, no município de Jacareacanga.
Viemos por meio desta manifestar a Vossa Excelência nossa preocupação com o grande projeto do Governo Federal de construir cinco barragens no nosso Rio Tapajós. Será que os governantes não entendem a nossa Constituição Federal de 1988, especialmente os Artigos 231 e 232? Será que os não índios não entendem o nosso desenvolvimento e que o nosso processo é diferente dos brancos?

Os governantes estão nos desafiando: vocês não entendem que colocamos vocês para governar esse nosso país, Brasil. Se os Governos Federal, Estadual e Municipal não desistirem de construir barragens, já temos um plano para as próximas eleições, temos a nossa decisão e o futuro de vocês está em nossas mãos.
Nos deixem em paz! Não façam coisas ruins para nós, Povo Munduruku. Porque essas barragens vão trazer destruição e morte, desrespeito e crime ambiental, por isso não aceitamos a construção das barragens.

O Governo não traz coisas que são importantes para a vida do nosso Povo Munduruku, para suprir as necessidades que temos, como: educação de qualidade, ensino médio e ensino superior diferenciado, posto de saúde adequado. Isso é importante para a vida do nosso povo. Agora, a destruição do nosso meio ambiente jamais aceitaremos e nunca deixaremos que isso aconteça. Porque nós já moramos há mais de 500 anos dentro da floresta, não tivemos contatos com não índios e não queremos transformar em mercadoria a nossa floresta! Porque a nossa mata, a nossa terra, os nossos rios, são a nossa mãe, a nossa vida.

Portanto, não destruímos o que guardamos com tanto carinho e com respeito, porque nela existem vários lugares sagrados, são importantes para a vida do nosso povo e para a vida dos animais. Guardamos nossa terra tradicionalmente. Jamais pensamos em fazer maldade com os não índios, não temos preconceito nenhum com os não índios. Eles que tem preconceito com os indígenas.
Finalizamos esta carta, que foi elaborada pelos estudantes do curso Magistério do Projeto Ibaorebu, dirigida aos irmãos indígenas e não indígenas, e às autoridades máximas. Pedimos apoio aos jovens e àquelas pessoas interessadas a ajudar o povo sofrido e preocupado.




Aldeia Sai-Cinza, 10 de dezembro de 2012”

 “Somos Munduruku da região do Alto Tapajós, povo guerreiro e temido, certamente muito admirado por ter uma cultura diferente. Temos conhecimentos da natureza, sabemos de sua importância e utilidade para nosso modo de subsistência. Existe a biodiversidade, portanto, todo o nosso conhecimento está guardado ali. Por isso, nós não a destruímos porque dela tiramos algo importante.

A natureza existe porque os nossos antepassados se submeteram a um sacrifício para que houvesse a natureza em pé e ter sempre a vida. Na verdade, as árvores contêm o nosso sangue, portanto nos dá vida. Por essa razão, as respeitamos, não destruímos.
Temos a imensa riqueza, possuímos não para fazer grande acúmulo e, sim, deixar guardado com segurança e em seu devido lugar. Dependemos realmente dessa natureza, é ela que nos ensina, é ela que nos mantém seguros. Ela nos dá saúde, nos dá vida, nela existe toda fonte de riqueza. A natureza, para nós, é um sistema de equilíbrio e, por isso, temos harmonia. Para nós, ela é sagrada. Ela tem suas normas, regras e suas leis. Por isso que temos boas relações com ela e a respeitamos.

Não somos contra o desenvolvimento e nem o progresso. Mas somos totalmente contra a destruição da nossa floresta, isso causa impacto no nosso ambiente. NÓS NÃO ACEITAMOS O DESENVOLVIMENTO E O PROGRESSO DESSE TIPO. Somos contra a destruição da nossa floresta, somos contra a violação dos nossos direitos, como: violência, assassinatos, genocídios, discriminação, terras não demarcadas e desrespeito.

O Governo pensa em construir grandes projetos em Terras Indígenas e faz grandes investimentos, quando nós, indígenas, reivindicamos os nossos direitos para melhoria da educação, saúde, segurança e etc. O Governo diz que não há recursos para garantir a nossa qualidade de vida, mas com essas construções quer nos destruir e acabar conosco e com a floresta. E pensa, assim, em acabar com a população indígena no Brasil. Será que é dessa maneira que o Governo pensa em progresso, em desenvolvimento? Acreditamos que isso não é desenvolvimento, nem progresso.

E se perdermos nossas terras, nossas culturas, o Governo vai garantir resolver os problemas do mundo? Vai acabar com as desigualdades sociais? E o desemprego, as doenças e a miséria? O Governo vai garantir dar salário a todas as pessoas desempregadas e, assim, acabar com a pobreza?

O que o mundo inteiro pensa da resistência dos povos indígenas no Brasil e no mundo? Somos povos que preservam a natureza; que vivem de acordo com suas tradições, deixadas como herança dos antepassados; que mantêm em perfeito equilíbrio o funcionamento do sistema planetário.

É triste lembrar de tantas violações aos direitos indígenas. As nossas lágrimas chegam a inundar algumas cidades, em algumas regiões, de tanto chorarmos. E, em outras regiões, aparecem secas, é porque nossos olhos não contêm mais lágrimas. É assim que são anunciadas as notícias na mídia, como notícias de catástrofes e são interpretadas como mudanças climáticas no planeta.

O que os países mais ricos do mundo pensam de nós? Como nos veem? Pensam em nos socorrer? Ou deixam que isso aconteça, que ninguém se mobilize e aconteça a extinção da floresta e dos povos indígenas?

Não estamos preocupados apenas por sermos Munduruku, essa mensagem é para todas as nações existentes no mundo.

A Amazônia tem floresta em pbemos que, sendo assim, ela nos dá vida, porque ela também é responsável pela vida no planeta. Nós, Munduruku, o que somos realmente? Somos assim tão insignificantes? Os governantes não se preocupam com o bem estar social dos indígenas?
Ainda pensam em nós como caçadores de cabeça, como viveram nossos antepassados. Não somos bárbaros, mas isso é a demonstração de nossa bravura. Mostra que conseguimos troféus com lutas, lutas que temos não por acaso. Isso mostra a nossa verdadeira identidade, que somos verdadeiros guerreiros, os guardiões da floresta.

Cadê a admiração da sociedade envolvente? Nos vê apenas como mercadorias para fazer negócios? Querem apenas nos explorar? Querem nos usar como fontes de pesquisas científicas, para extraírem os conhecimentos que temos guardados há milhares de anos? Não vemos assim nenhuma valorização da nossa cultura. Somos esquecidos, mas nós lembramos das outras nações”.

Mensagem do educador Jairo Saw Munduruku, do clã Saw (saúva da noite), clã vermelho. Nome em Munduruku: Saw Exebu – “aquele que está sempre junto”.

 “Eu, indígena do Povo Munduruku, venho dizer ao Governo que acho que já está na hora do Governo brasileiro respeitar a vontade e os direitos dos Povos Indígenas. Há mais de 500 anos já estávamos nesta terra, cansamos de dizer que este é o nosso território. O Governo Federal criou uma Constituição para defender e amparar os direitos indígenas, mas mesmo assim vem atropelando e desrespeitando a nossa vontade. Por isso quero dizer que, no Brasil, não existe lei e nem justiça, porque a Amazônia está sendo devastada, as terras indígenas sendo invadidas, lideranças sendo perseguidas, caciques sendo assassinados defendendo seus direitos.

Além do sofrimento que já passamos com tudo o que vem acontecendo, a AGU ainda criou uma Portaria 303, que consideramos um assassino para nossos direitos. O Governo cria essa lei porque não tem coração, não é ser humano, não vê natureza bonita, não sente amor… Governo só sonha com dinheiro; nós sonhamos com dias melhores, em harmonia com a natureza e consumindo a natureza com sustentabilidade, viver com saúde, ter uma educação diferenciada, de acordo com nossos direitos.


Não mentimos! Por isso, Governo Federal ou AGU, venham conhecer nossa realidade, ver que a Amazônia está se acabando e respeitar e ouvir nosso clamor”

Sandro Waro Munduruku – Aldeia Teles Pires/PA – 11/12/12





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MENSAGENS DO POVO MUNDURUKU À NAÇÃO BRASILEIRA E AO MUNDO



As cartas que irei compartilhar foram escritas durante as aulas de Antropologia do Projeto Ibaorebu de Ensino Médio Integrado Munduruku, com o propósito de dar VOZ aos Munduruku e divulgar o que vivem, o que pensam e o que sentem, especialmente nesse momento de ameaças e violações extremas aos direitos indígenas.

O Projeto Ibaorebu é executado pela Fundação Nacional do Índio e coordenado pelo indigenista e historiador André Ramos, possui mais de 200 alunos, divididos entre as turmas de Magistério Intercultural, Técnico em Enfermagem e Técnico em Agroecologia. Trata-se, sobretudo, de um Projeto construído com e para os Munduruku, configurando-se como um raro exemplo de educação escolar diferenciada e de qualidade. O Ibaorebu tem se constituído, assim, como um espaço privilegiado de exercício da autonomia e do protagonismo Munduruku.

Os autores destas cartas são alunos e alunas das turmas de Magistério Intercultural, que também atuam como professores nas escolas de suas comunidades e, portanto, exercem um papel essencial de formação e informação. Foram eles, os autores, que solicitaram a divulgação das suas palavras, para que o Brasil e o mundo soubessem do que o Povo Munduruku vem enfrentando.
Brasília, 21 de dezembro de 2012.

Izabel Gobbi
Antropóloga

Professora de Antropologia no Projeto Ibaorebu
Coordenação de Processos Educativos – CGPC/FUNAI


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