No vácuo, tantas dúvidas, num emaranhado de interrogações, não respondidas. De repente, o tempo traz respostas. O sol volta a brilhar
enchendo de vida cada espaço. O sentimento, quase adormecido, acorda e floresce
belas sementes de amor. Nasce flor,
surge o ramo, a sombra, poesia.
Na poética de tantos versos, seu
nome é inspiração na quimera do poema, na inquietude da noite. A poesia se recompõe. Seus
olhos são miragens na minha amplidão. Seu
cheiro perfuma o ar. Os sentido são impregnados
com sua fragrância predileta. Tudo tem cheiro de poesia. Na rima
bonita versos são canções no ritmo da
vida.
Há nessa poesia um sabor de recomeço. Já não há tempo a perder. A loucura
dos versos são labaredas de emoção a acender o fogo dessa busca saliente. Há
desejo no olhar, malícia em cada palavra escondida sob as entrelinhas de cada
verso novo. Em seus olhos reluzentes tem canção, melodia sabor de um final feliz.
Reconstruo versos com o silêncio
dos seus murmúrios e os suspiros suprimidos do seu gozo. Há em seus lábios um grito e um apelo querendo explodir. Há em
sua face um riso de contentamento na junção de nosso olhar. No silêncio, nos
recompomos. Reconstruímos nossas loucuras e transpomos nas linhas mais insanas
de nosso antigo poema de amor.
Em nós já não há mais dúvidas,
nem tampouco interrogações. Há uma única
resposta, o amor em vastidão, na mais
perfeita sincronia entre eu e você. O dia termina, nossos olhos se encontram, tudo se aquece. Ufa, que “frisson”!! Tudo é
poesia... outra vez .
Socorro Carvalho