quinta-feira, dezembro 03, 2015

A HORA DO BANHO É FELICIDADE CERTA...

O banho é um momento íntimo de satisfação que deve ser apreciado das melhores formas e jeitos. É um momento de lavar o corpo, mas também, de encher  a mente de doces  pensamentos. Hora de esquecer os problemas e se refrescar na delícia da água caindo na pele e descendo  da cabeça aos pés...


Na liberdade  do banho meus pensamentos podem ser os mais loucos e insanos possíveis, ou mesmo, os mais sensatos e sagrados. Isso é relativo e  vai depender do meu momento. Só sei que um bom  banho nesse tempo quente e de muito calor é simplesmente, formidável. Bem vindo!!


Além de me refrescar o corpo, o banho me serve, também,  para relembrar coisas boas, traçar novas metas e regá - las com aquele momento de prazer tão mínimo e ao mesmo tempo tão grande e gratificante.


Eu gosto de encontrar no banho sempre  um motivo novo de felicidade. Como não? Veja bem, a água purifica, refresca, mata a sede é rio que me carrega. Enfim, no banho tenho um contato mais próximo com meu corpo e com isso, conheço - me melhor. São percepções minhas, na intimidade do meu eu com o meu próprio eu, na nudez  mais despida de tabus ou pudores. Há um tempo para olhar, contemplar e até manusear minhas próprias sensações.



Não há prazer maior que saciar o calor. Sentir a carícia da água no corpo a  lavar e levar pensamentos sujos da mente. No banho posso até me inspirar e de lá arrancar frases para embelezar meu poema de verão mais quente.


A hora do meu banho é a mais completa satisfação... Um misto de felicidade que surge com o simples prazer de ser tocada pela água que  segue molhando minha pele,  invadindo meus poros e acalmando minha alma.


Socorro Carvalho

A ESSÊNCIA DO AMOR ESTÁ NA SIMPLICIDADE DOS DETALHES


O amor é um dos  sentimentos mais nobres e  que  está contido nos detalhes. Por exemplo, na calma sentida com a presença, mesmo que ele(a) não diga nada, só de estar ali basta para aconchegar o amor. 


Muitas vezes o amor se faz presente em cada espaço ao redor,  que traz uma presença mesmo ausente. Em outros casos o amor está no cheiro, na carícia, no calor, mas em outros, está no imaterial. Na conivência de segredos ou mesmo dentro de um silencio que suprime doces palavras.


O amor pode ser quieto, manso e ao mesmo tempo expressar  uma explosão de  mil outros sentimentos. Pois quando é de verdade,  ele se mantém na distancia, na lembrança, na esperança de um novo reencontro.


O amor não precisa gritar para convencer. Ele se agasalha e é ouvido nos sussurros conduzindo a uma paz de igualdade e entrega, sem equívocos ou desconfianças, por se fazer presente em cada canto, lugar, alma e coração.


Pode se dizer, ainda, que o o amor está no ato da intuição  que fala pela sintonia de olhares, sorrisos  e que tem a capacidade de adivinhar até o mais íntimo pensamento um do outro. A simultaneidade de quereres, dizeres é como se fosse uma orquestra afinada a tocar a mais clássica e bela canção.


O amor está no ar, na falta da presença, na ânsia da saudade que aspira ver aquele sorriso largado, aquela voz de timbre apurado,  mas que é  gostosa feito música ritmada de paixão.


O amor está no pulsar acelerado ao abrir o mensseger, nesse tempo contemporâneo, e ver o balão com  mensagem falando de uma louca saudade. Simples assim, o amor nos surpreende em cada momento na simplicidade de  seu existir...


O amor é perspectiva de encontro, vontade do beijo bom, desejo do abraço forte  e apertado. Ou mesmo, pode ser aquele abraço rodado que de tão bom tira do chão. O amor é chama,  verso que clama ou simplesmente é um lindo  poetar num fim de noite a versar a candura boa daquele olhar distante a atormentar uma saudade que insiste em ficar...


O amor pode ser cada detalhe guardado, cada riso de nada, em cada pensamento que traz a presença, mesmo na  infinda distância. O amor é um conjunto de detalhes que, pela simples existência,  se tornou inesquecíveis um  ao outro.  Assim imagino ser a essencia  do amor, simples e mágica.


Socorro  Carvalho

ENCONTROS E DESENCONTROS...

“As perdas das coisas, confesso que nunca me importaram muito. Mas as perdas das pessoas sim, doeram e, em alguns casos, deixaram um buraquinho bem difícil de preencher. Mas este mundo está armado assim, é um tecido de encontros e desencontros, de perdas e ganhos, e o melhor dos meus dias é o que ainda não vivi. E cada perda corresponde a um encontro que ainda não tive e, por sorte, a realidade é generosa e não falha nisso. Na verdade, eu escrevo para celebrá-la e a celebrando, denuncio tudo que impede que a gente reconheça nos outros e em nós mesmos, as múltiplas cores do arco-íris terrestre. Somos muitíssimo mais do que nos dizem que somos!“  

Eduardo Galeano