De fato, o que define uma
conquista é o esforço e o empenho de quem viveu um desafio, porém, o sentimento
de vitória, puro e verdadeiro, em nada tem a ver com dor ou cansaço e sim com
sorrisos e brilhos no olhar.
Foi exatamente essa a impressão
que tive da noite de dezessete de dezembro de 2015: horas de alegrias e
divertimentos. E sei que para os demais concluintes do Colégio Santa Clara
também não foi diferente. Os vestidos longos, curtos, coloridos, assim como os
ternos, coletes e gravatas enfeitavam os formandos e davam um charme à ocasião.
No entanto, eram as conversas animadas, as poses para fotos e a jovialidade na
pista de dança que iluminavam a alma de todos, como se cada adolescente fosse
uma estrela, e cada turma, com suas famas e lembranças, uma constelação.
Então, naquele dia, comemorávamos
todos os anteriores. Desde o jardim de infância, o ensino fundamental e depois
a “prova de sobrevivência” que foi o ensino médio. Ano após ano uma nova
batalha para quem estuda (filhos) e para quem aposta nesse estudo (os pais),
visto que é o empenho familiar que garante as grandes conquistas, tais como o
boletim anual de aprovação, as olímpiadas escolares e a entrada em uma boa
universidade.
Além disso, a escola é mais do
que méritos e obrigações, é também uma fase sentimental da vida. É tempo de
aprender e de escolher. As relações pessoais são uma complexidade: professores,
amigos, namoro, lealdade, traição, intrigas, surpresas... É um aprendizado que
vai além dos livros didáticos. E esse turbilhão de sensações somado ainda a
ansiedade de decidir sobre o próprio futuro ficou bem evidente neste último ano
escolar. Estudar passou a ser uma eterna cobrança, o que foi bem desgastante.
Em sala de aula, por vezes, ao pensar nisso tudo, pegava-me na passagem do famoso
romance de Lewis Carol:
Alice - “Para onde devo ir?”.
Gato -“Depende, para onde deseja
ir?”.
Alice - “Eu não sei”.
Gato - “Então qualquer caminho
serve”.
Logo, era preciso para todos
decidir que rumo tomar. Assim, os livros nos pareciam uma ótima opção. Porém,
tanta tensão e tanto esforço trouxe por fim uma recompensa: A aprovação de
muitos no vestibular e o diploma de conclusão do Ensino Médio. Tal felicidade,
pelo sucesso, pelos laços de amizade e pelo amadurecimento que se tem no
colégio é o que nos da à orientação para uma nova etapa que está a caminho.
Então, hoje, se me perguntarem quanto tempo durou a minha eterna cobrança de
estudos, eu responderei ainda com uma passagem do mesmo romance “Em que o
eterno dura por vezes apenas um segundo”.
Manuela Torres
Minha querida amiga paraense.... que delícia de texto...que delícia de professora, maestra, condutora... emocionante.
ResponderExcluirUm prazer vir aqui e virei sempre... pois esse teu blog eu não o seguia!!!